Rio de Janeiro – O último dia do Encontro da Mídia Nacional (e primeiro dia para a imprensa do mundo todo que veio ao Rio) foi programado para ser a comprovação de que a Cidade Maravilhosa está se preparando a passos largos para receber os Jogos Olímpicos de 2016. Mas o otimismo apresentado por representantes dos governos e do Comitê Organizador Local (COL) contrasta com canteiros de obras com pouca evolução, principalmente na área mais importante, o Parque Olímpico da Barra.

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Usando o espaço onde ficava o autódromo Nélson Piquet, em Jacarepaguá, o parque tem um milhão de metros quadrados, e por enquanto apenas obras em estágio embrionário. O que há de mais adiantado é o Centro Internacional de Transmissões (IBC, na sigla inglesa) – e são apenas as vigas metálicas colocadas. Mesmo assim, a prefeitura do Rio de Janeiro garante que tudo estará pronto até o início de 2016. “Estou muito orgulhoso da forma que as coisas estão sendo conduzidas. Estamos no prazo”, disse Joaquim Monteiro, presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM).

Cristian Toledo
Após ser interditado em 2013, Engenhão deve ser liberado para receber jogos em dezembro.

Segundo os dados oficiais, 55% das arenas para os Jogos Olímpicos estão prontas. Mas o que há de pronto já estava antes – Maracanã, Maracanãzinho, Engenhão (que deve ser reaberto em dezembro), Arena HSBC, parque aquático Maria Lenk, os estádios de tiro e hipismo em Deodoro. O que precisa ser feito, como as arenas de tênis, ciclismo, basquete e natação, ainda está na base.

Mesmo assim, há quem ainda diga que será possível entregar as obras olímpicas antes do previsto. ‘Não trabalhamos com essa possibilidade, mas no ritmo que estamos isso pode acontecer’, afirmou Patrícia Hespanha, diretora de infra-estrutura do COL.

Cristian Toledo
Parque aquático Maria Lenk é um dos poucos espaços que estão prontos.
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Legado

A prefeitura do Rio confirmou que a arena de handebol, que será construída no Parque Olímpico da Barra, será ‘transformada’ em quatro escolas. A estrutura temporária será desmontada e depois reaproveitada em três regiões da Barra da Tijuca e em São Cristóvão. ‘Isto mostra como o poder público está aproveitando a Olimpíada para mudar a cara do Rio’, disse Joaquim Monteiro, da EOM.

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