O Comitê Olímpico Internacional (COI) demonstrou confiança nesta quarta-feira em reduzir os casos de doping nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. John Coates, um dos vice-presidentes da entidade, se manifestou sobre o assunto oito dias depois de o COI banir a Rússia da Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em fevereiro de 2018, em razão dos seguidos casos de doping.

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Coates aposta na legislação local, reforçada nos últimos meses, para conter as infrações por doping. “Vocês legislaram com o Parlamento para fortalecer seu regime antidoping. Então, não acho que vocês precisam ter medo de qualquer situação nesta área”, declarou o dirigente, em visita ao Japão.

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Coates fez a declaração no terceiro e último dos três dias de visita ao país para avaliar a preparação de Tóquio para o grande evento marcado para 2020. E o tema “doping” foi um dos principais assuntos discutidos, principalmente depois da suspensão da Rússia, anunciada no dia 5.

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Na avaliação do vice-presidente do COI, o Japão atendeu todas as exigências para fornecer um laboratório antidoping de credibilidade a ser usado durante a Olimpíada. “Não podemos relaxar quanto a este tema, mas vocês certamente assentaram as bases para a criação de um sistema antidoping que será de alto nível nos próximos anos”, declarou.

ORÇAMENTO – Coates afirmou nesta quarta que o orçamento dos Jogos de Tóquio-2020 pode sofrer mais um corte, na ordem de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,3 bilhões). Atualmente espera-se gastar US$ 12 bilhões (quase R$ 40 bilhões) na preparação para a Olimpíada.

A meta é seguir reduzindo os custos, de acordo com a Agenda 2020, elaborada pelo COI para diminuir cada vez mais os gastos na preparação das sedes das Olimpíadas. No caso de Tóquio, a organização está transferindo modalidades para estruturas já existentes, com a meta de evitar a construção de novos equipamentos esportivos. Uma segunda versão do orçamento deve ser anunciada ainda neste mês.