COI rejeita reabrir inscrições de candidaturas por 2022

O Comitê Olímpico Internacional (COI) não vai reabrir as inscrições de candidaturas para cidades interessadas em sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, mesmo depois de a quarta e última cidade europeia – Oslo – anunciar sua desistência. Quem garante é o presidente do órgão, Thomas Bach.

“O COI manterá seus compromissos. Nós fizemos o convite para as candidaturas. Existe um processo claro e transparente. Vamos seguir este processo com as candidatas”, garantiu Bach. “Estamos no meio de um processo. Não podemos nem queremos mudar as regras no meio da disputa”.

A possibilidade foi aventada depois porque só duas cidades continuam na disputa: Almaty, no Casaquistão, que tem uma candidatura que parece ainda crua para receber uma Olimpíada, e Pequim, na China, que já recebeu os Jogos de Verão há apenas seis anos.

Por conta do rodízio de continentes, esperava-se que os Jogos de 2022 ficassem com uma cidade da Europa. Lançaram candidatura Estocolmo (Suécia), Cracóvia (Polônia), Lviv (Ucrânia) e Oslo (Noruega), mas, uma a uma, as mesmas foram sendo retiradas até sobrarem apenas as cidades asiáticas. St. Moritz (Suíça) e Munique (Alemanha) chegaram a lançar pré-candidaturas, vetadas por plebiscitos.

Já prevendo derrota, os comitês olímpicos de Estados Unidos e Canadá sequer estudaram candidaturas, deixando o fôlego para brigar pelos Jogos de 2026. Toda essa conjuntura, porém, fará com que três Olimpíadas seguidas sejam realizadas na Ásia – também os Jogos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, e de Verão em Tóquio, em 2020.

O último golpe no processo de escolha da sede dos Jogos de 2022 veio na quarta, quando o parlamento da Noruega rejeitou dar garantias financeiras para a realização do evento lá, tirando do jogo a cidade de Oslo, sempre tida como favorita na disputa, uma vez que a Noruega é a principal potência dos esportes de neve.

“Para mim a decisão não foi uma surpresa. Foi claramente uma decisão política. Eles têm um governo de coalização minoritária. É muito raro que um governo de coalização minoritária vá correr o risco de perder sua coalizão por um projeto que só mostra seus benefícios depois da eleição”, argumentou Bach.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo