O Comitê Olímpico Internacional (COI) lançou nesta terça-feira programa de mudanças com 40 recomendações que podem alterar a forma como os Jogos Olímpicos são disputados atualmente. Idealizado pelo presidente Thomas Bach, o projeto deve tornar os processos de candidatura mais ágeis, abre a possibilidade de o evento ser realizado fora da cidade e até do país escolhido e permite a inclusão de novas modalidades.
Com as alterações, o COI pretende tornar as candidaturas mais flexíveis e a Olimpíada mais atrativa para as cidades e para o público. Uma delas prevê afrouxar os excessivos pré-requisitos para tornar as candidaturas mais baratas, rápidas e sustentáveis.
Em uma fase nova no processo de escolha, a entidade vai “convidar” as cidades para avaliar a melhor forma de integração dos Jogos com os planos futuros das sedes. “Vamos buscar um projeto que se seja adequado à cidade no aspecto esportivo, econômico, social e ambiental a longo prazo”, registra o COI, no documento que apresenta as mudanças.
Para tanto, eventos esportivos poderão ser realizados fora da cidade-sede e, em casos excepcionais, até mesmo fora do país “por questões geográficas ou de sustentabilidade”. Trata-se de grande novidade para a Olimpíada de verão, uma vez que os Jogos de inverno já contavam com essa possibilidade.
A inclusão de novas modalidades poderá acontecer de forma permanente ou provisória, somente para edições específicas dos Jogos. No caso da Olimpíada de 2020, no Japão, a mudança deve beneficiar os retornos do beisebol e do softbol, excluídos recentemente do programa olímpico.
O COI prevê também a criação de um canal de televisão olímpico para gerar material sobre os esportes e os atletas fora do período dos Jogos. Trata-se de uma estratégia para ampliar a divulgação e atrair as gerações mais novas para as Olimpíadas.
As mudanças, que constam na Agenda Olímpica 2020, ainda precisam ser aprovadas em reunião do COI, entre os dias 8 e 9 de dezembro, em Mônaco.