O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta sexta-feira que vai definir no dia 5 de dezembro de a Rússia será liberada para a disputa da Olimpíada de Inverno de 2018, em PyeongChang, na Coreia do Sul. O país terá até lá para se enquadrar nas normas da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) se quiser voltar às competições internacionais.
Na última quinta, a Wada manteve a suspensão à Rússia por entender que o país ainda não atendeu todas as suas exigências. Os russos estão suspensos desde 2015, após denúncia de uma investigação independente da agência, que apontou doping sistemático e com apoio do governo no esporte local.
As denúncias iniciais alcançaram somente o atletismo. Mas, depois, novas informações levaram a acusações de troca de amostras de atletas russos por parte de integrantes do governo durante a disputa dos Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, na própria Rússia. Como resultado das investigações, russos do atletismo não puderam competir na Olimpíada do Rio-2016.
Agora os atletas russos correm o risco de ficar de fora dos Jogos de Inverno porque as entidades do país não atenderam dois requisitos exigidos pela Wada. A Rússia ainda deve aceitar publicamente o resultado das investigações que constam no relatório de Richard McLaren, que deu início a todas as denúncias, e deve permitir o acesso a todas as amostras de urina dos seus atletas coletadas durante o período citado nas investigações.
Em resposta à decisão da Wada na quinta-feira, o diretor geral da Agência Antidoping da Rússia, Yuri Ganus, afirmou que a entidade já fez tudo que podia para ser liberada da suspensão. “Nós atendemos a todas as exigências que dependem de nós. Há dois pontos que não são nossas prerrogativas. Infelizmente, não foram cumpridas”, lamentou.
Agora, o caso deve ter uma decisão final em 5 de dezembro, primeiro dia de um congresso do comitê executivo do COI marcado para Lausanne, na Suíça. A Olimpíada de inverno de 2018 vai acontecer entre os dias 9 e 25 de fevereiro.