O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) chegou à última instância para defender o direito de Marcio Wenceslau, atleta de tae kwon do, de estar nos Jogos Olímpicos de Londres. Nesta quarta-feira, a entidade máxima do esporte brasileiro entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, na Suíça. De acordo com o Departamento Jurídico do COB, ainda não há prazo para a CAS julgar o recurso.

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O COB, assim, cumpre o prometido de ir até às últimas consequências para que Wenceslau receba um convite para estar na Olimpíada. O último pleito havia sido junto à Federação Internacional de Tae kwon do (WTF), que negou o pedido de reconsideração do resultado da luta que decidiu a vaga olímpica no Torneio Qualificatório das Américas, em novembro passado, no México.

O Comitê entende que Wenceslau foi prejudicado pela arbitragem “pelo menos três vezes” na decisão do Qualificatório. Ele vencia Damian Villa, atleta da casa, por 6 a 2 até 20 segundos antes do fim da luta. Em 17 segundos, o mexicano reduziu a diferença para dois pontos. Então árbitro acusou um golpe na cabeça do brasileiro, mas os vídeos da luta mostram que o chute pegou apenas no braço de Wenceslau, o que não configura ponto. Desta forma, Villa venceu por 7 a 6 e ficou com a vaga olímpica.

“Infelizmente a Federação Internacional de Tae kwon do não atendeu ao pedido do COB para rever o resultado da luta. As imagens gravadas pela própria WTF são muito claras. O chute não atinge a cabeça do Marcio, o que, consequentemente, manteria a vitória do brasileiro na luta em que se decidia uma vaga olímpica. Ainda apontaremos outros erros de arbitragem na defesa do Marcio. Nossa ação no CAS se dá em apoio à Confederação Brasileira de Tae kwon do e em prol do atleta”, explicou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

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