O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) apresentou nesta quarta-feira detalhes do planejamento e da estrutura para a Olimpíada de Londres e revelou que a meta para o evento deste ano é repetir o desempenho dos Jogos de Pequim. Em 2008, os atletas do País retornaram da China com 15 medalhas, sendo três de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
Além disso, o COB espera que o Brasil classifique 250 atletas para a Olimpíada, além de disputar mais finais do que em 2008 – foram 41 em Pequim. “Trabalhamos com metas muito realistas, traçadas através de estudos sobre os resultados dos atletas brasileiros ao longo deste ciclo olímpico”, disse Marcus Vinicius Freire, superintendente executivo de esportes do comitê.
Para 2016, quando o Rio sediará a Olimpíada, a meta do COB é mais ousada. Marcus Vinicius espera que o Brasil fique entre as dez primeiras colocadas no quadro de medalhas. É necessário, para isso, dobrar o número de medalhas conquistadas nos Jogos de 2008.
“É preciso tempo para se formar um atleta olímpico, com apoio de todos os níveis de governo e da iniciativa privada. Por isso a nossa meta para 2016 é agressiva, dobrar o número de medalhas conquistadas em relação a Pequim e colocar o Brasil entre os 10 primeiros no quadro geral de medalhas. É uma meta forte, mas também realista, de acordo com o tempo que temos para trabalhar”, afirmou.
O Centro de Treinamento de Crystal Palace será a base brasileira na Olimpíada de Londres, como havia sido anunciado anteriormente. Além disso, os atletas vão contar com várias outras instalações para treinamento exclusivo.
“Estamos sempre procurando evoluir, mudar, buscando seguir o que os melhores países já fazem”, disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. “Esta é a edição de Jogos Olímpicos em que o COB trabalhou com mais intensidade para prover todas as condições necessárias para que o atleta só pense em treinar, descansar e competir. Além disso, já estamos preparando nossos jovens para os Jogos Olímpicos Rio 2016”, completou Nuzman.
As outras bases serão hotéis próximos aos locais de competição de judô, tae kwon do, boxe, lutas (Hotel Ramada Excel), triatlo (Hotel Thistle Kensington Gardens), maratona aquática (Hotel Hilton Hyde Park), vôlei de praia (Strand Palace Hotel) e vela (Casa em Weymouth). Além disso, a escola St. Pauls Way Trust servirá como base para treinamento exclusivo das seleções de vôlei do Brasil.
Já pensando na Olimpíada do Rio, o Brasil vai levará 16 atletas que não se classificaram para os Jogos de Londres. Eles ficarão por cinco dias na cidade inglesa, acompanhando as competições de sua modalidade, treinando quando possível e almoçando na Vila Olímpica. “O objetivo é que eles sintam o nervosismo de uma estreia olímpica quatro anos antes dos Jogos do Rio. Assim, eles terão mais vontade de ir aos Jogos, com mais conhecimento de tudo o que cerca uma participação no maior evento esportivo do mundo”, explicou Marcus Vinicius.
Até agora, o Brasil tem 165 vagas garantidas na Olimpíada Londres, em 23 modalidades. Os Jogos serão disputados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto.