COB confirma que honrou compromissos do BNDES com canoagem e não será restituído

O impasse no pagamento das bolsas dos atletas da canoagem brasileira, que motivou o boicote dos quatro principais competidores do País ao evento-teste que começou nesta sexta-feira, no Rio, só não veio à tona antes porque o Comitê Olímpico do Brasil (COB) assumiu o pagamento quando a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) alegou estar sem recursos para fazer os repasses. A informação foi dada pelo canoísta Isaquias Queiroz e confirmada pelo COB.

A CBCa contava com uma verba do BNDES para bancar as bolsas. Mas, segundo a confederação, o repasse foi suspenso quando a equipe brasileira de canoagem mudou seu local de treinos de São Paulo para Lagoa Santa, em Minas Gerais. Segundo a entidade, um atraso na liberação de documentos ambientais travou o acordo.

Sem dinheiro, a CBCa procurou o COB, que se comprometeu a bancar os atletas enquanto o impasse não se resolvia. “O COB assumiu todo o projeto quando o convênio enfrentou problemas. Custos de moradia, alimentação, serviços médicos, equipamentos, transporte interno e ciências do esporte foram cobertos pelo COB, além da questão do apoio financeiro”, confirmou o comitê.

Segundo o COB, o pagamento foi feito para não atrapalhar a preparação dos atletas, que são esperança de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. “Nosso compromisso é com o planejamento apresentado pelo treinador e referendado pela confederação (de canoagem), de forma a oferecer as condições necessárias de treinamento e preparação dos atletas.”

Mesmo com a regularização do convênio, o COB não cobrará a restituição dos recursos. “Os convênios de lei de incentivo não são retroativos e somos sabedores disso desde o início do problema, portanto isso (a restituição) não será possível”, informou o comitê. “Nosso objetivo de dar prosseguimento ao projeto foi cumprido, tendo em vista os últimos resultados da equipe.”

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