O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quarta-feira que serão repassados R$ 120 milhões para as 34 modalidades olímpicas, com exceção do futebol, no próximo ano, quando serão realizados os Jogos de Tóquio. Os recursos são advindos da Lei 13.756, a antiga Lei Agnelo/Piva, representando um aumento de 10% na comparação a 2019.

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A distribuição dos recursos foram definidos de acordo com 12 critérios, sendo dez esportivos e dois administrativos. Para 2020, o COB elevou o peso do Programa Gestão Ética e Governança, que avalia as confederações com base no seu nível de maturidade em gestão e governança.

Em relação às cinco novas modalidades do programa olímpico, o COB vai repetir a estratégia de 2018 e 2019. Assim, dos R$ 120 milhões que serão repassados diretamente às confederações, cerca de R$ 8 milhões serão destinados especialmente para projetos de preparação de atletas e equipes de beisebol/softbol, escalada esportiva, caratê, skate e surfe.

“Para 2020, estamos aumentando o volume de recursos ordinários repassados às modalidades em relação aos anos anteriores. Procuramos ser os mais justos possíveis na distribuição dos recursos. Estamos sempre dedicados em mostrar uma evolução nos critérios, por isso eles são sempre revisados. Nossa intenção é mostrar que, quanto melhor a confederação utiliza seus recursos e mais resultados ela apresenta, mais condições terá de receber nos anos seguintes”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB, que ressaltou a forma criteriosa como são feitas as discussões para a definição dos repasses.

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O Diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara exibiu otimismo com a busca por bons resultados na Olimpíada de Tóquio. “É onde veremos o fruto do nosso trabalho de quatro anos sendo colocado à prova. Foi uma preparação difícil, mas o Brasil tem sido bem representado internacionalmente pelos atletas e isso é fruto do trabalho integrado de todos os agentes do esporte. Estamos com uma expectativa positiva da participação em Tóquio”, avaliou Jorge Bichara.

Confira quanto cada confederação receberá em 2020:
Atletismo – R$ 5.250.649,14
Badminton – R$ 2.895.562,47
Basquetebol – R$ 3.261.586,52
Beisebol/Softbol – 882.352,94
Boxe – R$ 5.289.381,84
Canoagem – R$ 5.375.700,44
Ciclismo – R$ 2.988.520,96
Desportos na Neve – R$ 2.817.958,74
Desportos no Gelo – R$ 2.611.292,10
Desportos Aquáticos – R$ 4.414.991,07
Escalada Esportiva – R$ 882.352,94
Esgrima – R$ 4.139.988,88
Ginástica – R$ 5.968.034,13
Golfe – R$ 2.794.719,12
Handebol – R$ 3.091.024,29
Hipismo – R$ 3.160.328,16
Hóquei sobre Grama – R$ 2.618.346,99
Judô – R$ 6.359.926,08
Caratê – R$ 882.352,94
Levantamento de Pesos – R$ 3.304.745,81
Pentatlo Moderno – R$ 2.854.893,14
Remo – R$ 2.831.238,52
Rúgbi – R$ 2.657.356,35
Skate – R$ 882.352,94
Surfe – R$ 882.352,94
Tae kwon do – R$ 4.116.610,93
Tênis – R$ 3.400.194,26
Tênis de Mesa – R$ 3.205.562,43
Tiro com Arco – R$ 2.686.820,87
Tiro Esportivo – R$ 4.497.021,41
Triatlo – R$ 2.893.072,52
Vela – R$ 5.894.303,66
Voleibol – R$ 6.771.599,38
Wrestling – R$ 3.025.040,37

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Os 12 critérios utilizados para a distribuição dos recursos são:
– Medalhista no último Campeonato Mundial Adulto (17,4%)
– Medalhista na última edição de Jogos Olímpicos (15,2%)
– Medalhista no último Campeonato Mundial de base (15,2%)
– Multimedalhista na última edição dos Jogos Olímpicos (10,4%)
– Prestação de Contas – Qualifica a performance das Confederações nos processos de prestação de contas da Lei Agnelo/Piva no ano corrente (9,1%)
– Medalhista na penúltima edição dos Jogos Olímpicos (7,8%)
– Programa Gestão, Ética e Transparência (6,5%)
– Medalhista na última edição de Jogos Pan-americanos (3,9%)
– Top 8 nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos (3,9%)
– Número de eventos com participação brasileira na última edição dos Jogos Olímpicos (3,9%)
– Top 8 em Campeonato Mundial adulto nos últimos 4 anos (3,9%)
– Top 8 no último Campeonato Mundial de base (2,6%)