São Paulo – Seguindo exemplo do Santos, as diretorias de Internacional e Cruzeiro também estudam a possibilidade de recorrer à Fifa, contra a anulação dos 11 jogos do Brasileirão apitados pelo ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho sob suspeita de manipulação. O clube gaúcho prepara um relatório a ser enviado ao Tribunal de Arbitragem da entidade ?dando ciência à Fifa? sobre o encaminhamento que a justiça esportiva brasileira vem dando ao caso, segundo explicou ontem o diretor jurídico do Inter, Daniel Cravo de Souza.

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O diretor disse, no entanto, que não está descartada a possibilidade de o clube pedir formalmente à Fifa, a suspensão da decisão do STJD.

A direção do Inter entende que ao anular as partidas apitadas por Edílson, o tribunal esportivo brasileiro contrariou ?objetivos fundamentais? da Fifa, segundo os quais, o resultado de campo só é alterado em casos altamente excepcionais. ?A regra é claríssima. O resultado só pode ser anulado se houver prova cabal de fraude?, disse o advogado gaúcho.

Na quarta-feira a diretoria do Santos já havia manifestado a inteção de recorrer à Fifa contra a anulação de seu jogo contra o Corinthians – realizado no dia 31 de julho e remarcado para o dia 13 de outubro. De acordo com o advogado Marcílio Krieger – especialista em direito esportivo contratado pelo clube paulista – a tese da defesa já está pronta. O clube considera não haver nos autos qualquer indício de que a partida tenha sido manipulada.

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A decisão de anular os 11 jogos foi tomada em caráter provisório pelo presidente Luiz Zveiter no dia 2 de outubro e confirmada esta semana pela 1.ª Comissão Disciplinar do STJD. A medida será analisada agora pelo plenário do tribunal, quinta-feira. As chances de ser confirmada são grandes e a partir daí não haverá mais possibilidade de recurso.

Por conta disso, na esfera esportiva, restará a Santos, Inter e Cruzeiro apelar apenas ao comitê de arbitragem da Fifa.

Cruzeiro

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O clube mineiro teve que refazer os confrontos com Botafogo e Paysandu, perdendo cinco dos seis pontos que havia conquistado anteriormente.

?Quando forem esgotadas as instâncias esportivas, iremos até a Fifa para buscar nossos direitos?, avisou Ildeu da Cunha Pereira, jurídico do Cruzeiro.