Em um modelo que não chega a ser o de um torneio independente, a Superliga passará a ser gerida também pelos clubes após 20 anos de existência. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira (CBV), ao divulgar a criação de um Conselho Gestor.
Renato D’Ávila, superintendente da CBV, afirmou que o processo ainda é embrionário – a entidade foi criada em abril – e o Conselho será formato ao longo da temporada. Seu principal objetivo é evitar as recorrentes crises enfrentadas pelos clubes brasileiros, especialmente no que diz respeito ao fim de patrocínios.
“O desafio é achar a forma de sustentabilidade dos clubes, por isso vamos trabalhar a quatro mãos (clubes e CBV) para tentar achar uma fórmula. A ideia é que os clubes se mantenham com mais tranquilidade de uma temporada para outra”, afirmou D’Ávila.
A temporada 2013/14 da Superliga (que começa dia 7, para os homens, e dia 27 para as mulheres) terá 14 times femininos e 12 masculinos. Enquanto novos times foram integrados, como Brasília, Maranhão, Uniara, Moda Maringá e Taubaté, outros passaram por problemas.
Os casos mais graves foram a da equipe feminina de Jacareí, em que as jogadores levaram um calote e acabaram “adotadas” pela cidade de Barueri, e do time masculino de Volta Redonda, em que havia atraso de pagamento no salário dos atletas. A equipe masculina de Campinas mudou de patrocinador e o atual campeã RJX sofreu com corte de investimento, por causa da crise financeira das empresas de Eike Batista.
Após duas décadas, os clubes começaram a ter maior poder decisório nos assuntos relacionados ao principal campeonato de equipes do Brasil. Definiram o prolongamento da disputa da Superliga e a criação de um novo campeonato nacional.