Os dirigentes dos principais clubes do futebol brasileiro apareceram nesta terça-feira no Senado Federal, em Brasília, para pedir a votação do projeto de lei do clube formador. Acompanhados do ministro do Esporte, Orlando Silva, eles ouviram – do governo e da oposição – a promessa de que o tema será colocado em pauta nos próximos dias.
Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei pretende reduzir a saída de jovens atletas para o exterior, além de valorizar o papel dos clubes formadores em contratos firmados. A medida atinge os jogadores de 14 a 19 anos.
O texto diz que “a contratação do atleta em formação será feita diretamente pela entidade de prática desportiva formadora, sendo vedada a sua realização por meio de terceiros”. “As mudanças são muito importantes porque protegem o clube formador”, avaliou o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo. “Hoje, os jogadores são surrupiados no meio da coisa e o clube não recebe nada.”
Para a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, o projeto permite que “o jogador jovem não caia na mão de empresários cedo”. “Se eles têm a possibilidade de um pouquinho mais cedo fazer o contrato com o clube, não ficam refém do empresário de futebol”, disse a dirigente.
O time de dirigentes que compareceu ao Senado também tinha os presidentes de Botafogo, São Paulo, Corinthians, Guarani e Goiás.
Da parte do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que está sendo feito um entendimento na Casa para a votação. A intenção é aprovar o texto da forma como passou pela Câmara, sem alterações.