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Clubes italianos lançam carta pedindo fim do racismo: ‘Não podemos ficar calados’

Os 20 clubes da Série A do Campeonato Italiano divulgaram nesta sexta-feira uma carta aberta na qual pedem o fim do racismo que tem aparecido em jogos de futebol do país. O atacante italiano Mario Balotelli, do Brescia, foi o caso mais recente, mas o centroavante belga Romelu Lukaku (Inter de Milão) e o zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly (Napoli) também já viveram episódios de preconceito racial.

O documento admite que o campeonato tem “um sério problema” de racismo e que isso acontece, em parte, por conta de não terem sido tomadas ações suficientes para combatê-lo. As equipes também reiteraram que nenhuma pessoa deveria sofrer racismo, dentro ou fora do futebol e que não é mais possível que os clubes continuem em silêncio, “esperando que o racismo desapareça magicamente”.

“Imagens de jogadores a serem alvo de abusos racistas no futebol italiano foram vistas e discutidas em todo o mundo nesta temporada, e isso nos envergonha. Ninguém deveria ser sujeito a abusos racistas, dentro ou fora do futebol, e não podemos ficar calados ou esperar que desapareça de forma mágica”, afirmou um trecho da carta.

“No futebol e na vida ninguém deve sofrer insultos racistas. Não podemos continuar passivos e à espera que isso desapareça. Iniciadas pelos clubes, foram realizadas recentemente conversas positivas com a Lega Serie A, a FIGC e especialistas em derrubar e erradicar esse problema do jogo. Nós, os clubes que assinam esta nota, estamos unidos pelo desejo de mudança séria e a Lega Serie A definiu sua intenção de liderar, ao produzir uma robusta e compreensível política anti-racismo para a Serie A, com leis mais firmes e um plano para educar aqueles dentro do jogo sobre o racismo”, prosseguiu.

A carta termina com um pedido para que casos de racismo não aconteçam mais. “Não temos mais tempo a perder. Agora temos que agir com velocidade, com vontade e união. E chamamos vocês, os torcedores, para nos apoiar nesse esforço vitalmente importante”, encerrou.

Os clubes que assinaram a carta aberta foram: Atalanta, Bologna, Brescia, Cagliari, Fiorentina, Genoa, Verona, Inter de Milão, Juventus, Lazio, Lecce, Milan, Napoli, Parma, Roma, Sampdoria, Sassuolo, SPAL, Torino e Udinese.

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