Os clubes da Série A do Brasileiro rejeitaram quase por unanimidade a proposta da CBF de limitar a uma única vez a troca de técnicos durante a competição, historicamente bastante alta. Houve ainda a apresentação de outras quatro propostas, mais brandas, mas não se chegou a um consenso. Assim, quase todos os representantes dos 20 clubes que participaram do Conselho Técnico na tarde desta sexta votaram por arquivar o projeto.
“A proposta dos treinadores não andou, e acho que foi uma medida inteligente. A minha proposta não era de ser utilizada este ano, mas seria um aspecto progressivo, para que futuramente pudesse implementar”, contou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan.
Para o dirigente, “o futebol brasileiro ainda não está preparado” para tal medida. “Tem que haver uma transição para isso. Tem que se preparar culturalmente o ambiente, depois pode-se fazer um ano com duas oportunidades de mudança, depois um ano com um”, sugeriu.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, considerou que, apesar de o projeto ter sido rejeitado, foi “um bom debate”. “(Teve) a indicação de que isso seja amadurecido e discutido na próxima temporada”, ponderou.
LIMITE – O Conselho Técnico da CBF aprovou limite de inscrição de 40 jogadores por clube para o Brasileirão, com possibilidade de alteração de cinco nomes ao longo da competição – elevando, portanto, para 45. Não há limites, porém, para uso de atletas da base (até 20 anos).