Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro deram um passo importante nesta terça-feira para ter mais autonomia nas decisões que envolvem as disputas comandadas pela CBF. Dirigentes escolheram os cinco representantes que vão defender os interesses dos times da primeira divisão na Comissão Nacional de Clubes, um grupo criado pela CBF para discutir o regulamento das competições.

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Foram eleitos para a comissão os indicados por Grêmio, Atlético-PR, Atlético-MG, Corinthians e Fluminense. O Vasco foi o único clube que não enviou representante para a eleição. Os clubes da Série B terão dois indicados, enquanto as Séries C e D terão um cada – os escolhidos ainda serão definidos. Quando todos os membros forem decididos vai ser programada a primeira eleição do grupo. A comissão é renovada a cada temporada.

Para os dirigentes, a comissão enfraquece a ideia de uma liga independente de clubes, que chegou a ser cogitada. Eles também vislumbram a possibilidade de debater temas importantes, como o calendário de jogos, a transferência de jogadores e a divisão das cotas de TV. “Temos a condição de resolver por dentro [da CBF] tudo aquilo que falamos por fora”, afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr.

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O gremista é um dos principais defensores de uma redistribuição das cotas de TV. “Nossa ideia quanto às cotas de TV é equilibrar. Quem está embaixo sobe, e quem está em cima fica.” Atualmente, Flamengo e Corinthians, detentores das maiores torcidas do Brasil, recebem valores muito acima dos demais clubes.

Romildo Bolzan ainda defendeu a adequação do calendário de competições nacionais ao do europeu. “É uma primeira experiência, foi bem democrático e interessante. Vamos torcer que na prática funcione tão bem como na teoria”, afirmou Paulo Nobre, presidente do Palmeiras.

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