Belo Horizonte – O novo treinador do Atlético, Paulo Bonamigo, terá muito trabalho pela frente. Essa é a certeza de Procópio Cardoso, último técnico do Galo Mineiro no campeonato brasileiro de 2003. Para o ex-comandante alvinegro, o maior problema a ser combatido é o clima pesado entre os jogadores.
“Quando assumi, encontrei um grupo rachado, cheio de vaidades, e o ambiente era péssimo. Muitos jogadores não se falavam e o primeiro coletivo que dirigi foi ríspido, com xingamentos de parte a parte. Com o tempo, tentei motivá-los e a situação melhorou um pouco até o fim do Brasileiro. Mas estou certo de que o Bonamigo novo treinador terá muito trabalho neste sentido.”
Para Procópio, no entanto, o novo treinador do Galo tem todos os requisitos para reverter a situação e dar início a um novo momento para o clube. “Ele é disciplinador e acredito que conseguirá aparar as arestas”, opinou.
Sem volta
A possível volta de Edmundo ao Cruzeiro não passou de mera especulação. É o que garante Zezé Perrella, vice-presidente de futebol do clube. O dirigente descartou, ontem, qualquer possibilidade do atacante, pelo menos no momento, voltar a vestir a camisa celeste.
“Não passa pela cabeça da diretoria trazer o Edmundo. Nossa intenção é prestigiar os que estão aqui, e para isso a prioridade, no momento, é acertar as pendências dos que estão sem contrato. Ele é um grande jogador, mas não existe a menor hipótese de ele vir para o Cruzeiro”, disse Perrella.
Edmundo esteve na Raposa em 2001 e sua saída foi marcada pela polêmica. No Brasileiro daquele ano, antes de uma partida em São Januário contra o Vasco, o atacante afirmara que não se sentiria feliz se marcasse um gol contra o time que o projetou. O Animal, então na reserva, entrou na segunda etapa, perdeu um pênalti e após a derrota de 3 x 0, foi demitido ainda no vestiário.