O Brasil terá mesmo quatro representantes – Thomaz Bellucci, Thiago Monteiro, Rogério Dutra Silva e João Souza, o Feijão – na chave principal do Rio Open, o ATP 500 disputado em quadras de saibro no Jockey Club Brasileiro, na zona sul do Rio. Neste domingo, na segunda e última rodada do qualifying, o gaúcho Guilherme Clezar começou bem a partida contra o espanhol Roberto Carballes Baena, mas perdeu de virada por 2 sets a 1 – parciais de 1/6, 6/1 e 6/4.
Antes de Guilherme Clezar, outros três brasileiros foram eliminados no qualifying, ainda na primeira rodada. São eles: Felipe Meligeni Rodrigues Alves, sobrinho do consagrado Fernando Meligeni, João Pedro Sorgi e Orlando Luz. Os demais tenistas que passaram à chave principal do Rio Open foram o belga Arthur De Greef, o italiano Marco Cecchinato e o argentino Nicolas Kicker.
A chave principal da competição começa nesta segunda-feira. Rogerinho abre a competição às 16h30, na quadra central, contra o jovem norueguês Casper Ruud. Atual 82.º do ranking mundial, enfrentará Ruud pela primeira vez. O jovem de 18 anos recebeu convite da organização por, na temporada passada, ter subido 900 posições no ranking da ATP. “Sei que vai ser um jogo duro, ele é jovem, mas tem muito potencial. Espero fazer uma partida boa, ser agressivo, para conquistar a vitória”, disse o brasileiro, que disputará pela primeira vez a chave principal de um torneio de ATP 500 na carreira.
Mais tarde, às 19 horas, o uruguaio Pablo Cuevas, atual campeão e responsável por eliminar o espanhol Rafael Nadal nas semifinais de 2016, encara Arthur De Greef. Outro destaque da rodada que abre o Rio Open é a partida entre o cabeça de chave número 8, o português João Sousa, contra Roberto Carballes Baena.
BELLUCCI – Pela segunda vez, Thomaz Bellucci terá o desafio de encarar o favorito ao título em uma estreia no Rio Open. Em 2015 foi Rafael Nadal e desta vez será o japonês Kei Nishikori, atual número 5 do mundo. Apesar do azar no sorteio da chave, o brasileiro está otimista para a estreia, marcada para terça-feira à noite.
“Não é a melhor primeira rodada para jogar. Nos últimos anos tive um pouco de azar nos sorteios, mas encaro como uma oportunidade. A disputa é no saibro, talvez o pior piso dele, onde conquistou menos resultados. Se fosse na quadra rápida, a vantagem dele seria maior. Estou jogando em casa, no piso que mais gosto, é uma oportunidade boa de eu surpreender. Nos últimos anos a torcida me apoiou bastante, mesmo enfrentando o Nadal. Esse apoio dá uma motivação a mais, confiança na hora de entrar na quadra”, disse Thomaz Bellucci.
Dono de quatro títulos na carreira, o tenista paulista tem como melhor resultado nesta temporada a semifinal do ATP 250 de Quito. Atual 75.º do mundo, enfrentou Kei Nishikori em 2015, em Roland Garros, quando foi derrotado por 3 sets a 0. “Eu vinha de Genebra, onde fui campeão, e tive pouco tempo para me adaptar. É um jogo difícil, ele tem uma esquerda muito boa, uns dos tenistas mais atléticos do circuito, corre muito. Tem um primeiro saque bem colocado. É um jogo em que vou ter que variar muito as jogadas, não deixar ele confortável”.