“El Loco” Clênio está de volta. O centroavante é a novidade do Paraná Clube para o jogo de amanhã – às 15h45, em Rolândia -, contra o Nacional. Sem Bruninho, vetado pelo departamento médico, o técnico Wagner Velloso decidiu apostar tudo na presença de dois atacantes de área. “As dimensões reduzidas do campo favorecem a este estilo de jogo”, avisou o treinador. A estratégia é explorar bolas alçadas e a aproximação pelo meio-de-campo para municiar a dupla de ataque.

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“Pelas informações, não é tão fácil buscar a penetração na base das tabelas. Então, vamos nos adaptar ao que o campo exige”, justificou Velloso. Assim, o treinador minimiza a ausência de Bruninho, que faz com que o time perca muito em mobilidade no meio-de-campo.

O meia sentiu uma “fisgada” no final do jogo contra o Cianorte. Exames não detectaram lesão, mas departamento médico e comissão técnica decidiram poupar o jogador. “Ele ainda apresenta uma dor residual. Optamos por preservá-lo”, explicou o médico Rafael Kleinschmidt.

A opção por outro meia -como Éverton ou Gedeon – foi “arquivada” por Velloso, diante das informações que recebeu sobre o Estádio Erich Georg. E, como Peterson foi “barrado” após o pífio desempenho na jornada anterior, Clênio virou a bola da vez.

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Quase nove meses depois, o jogador terá nova oportunidade com a camisa tricolor. “Estou muito feliz. A chance apareceu num momento decisivo e não vou decepcionar”, promete o jogador.

Clênio garante estar 100% física e psicologicamente. “Não vejo a hora da bola rolar”. A ansiedade é justificável. Contratado no ano passado -veio do Paranavaí, onde vinha fazendo um bom Paranaense -, tinha como missão marcar os gols que reconduzissem o Paraná à elite nacional.

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Acabou na reserva e logo após marcar seu único gol com a camisa azul, vermelha e branca, sofreu uma séria lesão de joelho. Só agora o tormento chega ao fim. “Vocês sabem da minha luta para dar a volta por cima. Esse jogo, é o primeiro passo”.

O centroavante – que sempre foi goleador, por onde passou – vai, agora, atuar ao lado do artilheiro do Estadual. “Não temos aquele entrosamento. Mas a gente se acerta na conversa. Acho que temos estilos parecidos, mas isso pode ser interessante”, comentou.

“Como ambos temos presença de área, poderemos nos revezar e assim o Paraná terá sempre alguém posicionado para mandar a bola pra rede”. Para trabalhar essa formação – e simulando aquilo que espera encontrar no Erich Georg – o coletivo de ontem foi realizado com campo reduzido.

“Lá, vamos ter que repetir a boa marcação das últimas partidas”, lembrou Velloso. “Isso nos dá tranquilidade para buscar o resultado que nos interessa.” O treinador nem pensa num empate. “Só posso dizer se um ponto é bom após o jogo. Estamos indo pra lá atrás dos três pontos”, avisou.

A meta do Paraná é chegar ao primeiro clássico desta fase com nove pontos (100% de aproveitamento). O jogo de amanhã é chave nas pretensões do clube. “Pode ter certeza que o Nacional também está contando com esses três pontos. Então, acredito num grande jogo”, arrematou Velloso.