Alessandro e Rogério Correia passaram momentos difíceis quando o Goiás tentou reagir, mas a defesa e o goleiro Cléber se saíram muito bem. |
O Atlético continua devendo uma atuação convincente no Campeonato Brasileiro. Empatou no sábado com o Goiás em 0 a 0, no Serra Dourada, mas conseguiu se manter na oitava colocação na tabela da competição. Mesmo desfalcado de seis jogadores titulares, desperdiçou mais uma oportunidade de somar três pontos e respirar aliviado. O próximo compromisso é contra a Ponte Preta, quarta-feira, na Arena, e uma vitória é fundamental para o time se manter na zona de classificação.
Era a estréia do técnico Gílson Nunes no comando do Rubro-Negro, que teve que descascar um imenso abacaxi. Além dos desfalques por contusões e suspensões, o treinador ainda teve que lançar mão do terceiro goleiro após uma crise renal de Adriano Basso, sexta-feira à noite em Goiânia. O substituto, Cléber Alberti, entrou e mostrou personalidade, se transformando na melhor figura do Furacão em campo. Nas poucas chegadas do Goiás, o arqueiro fez grandes defesas e não deu chance para os atacantes. Se a defesa mostrou segurança, o ataque não acompanhou os companheiros da cozinha. A única alteração era a presença de Alex Mineiro no lugar de Dagoberto, se é que isso pode ser considerado uma mudança. Ao lado dele, estavam Kléber e Adriano, que não brilharam como costumam. Perderam gols incríveis e abusaram da individualidade. Na segunda etapa, com o sol mais baixo, a expectativa era de que os jogadores mostrassem mais disposição. Nada feito. O técnico Nelsinho Baptista tentou Evair para melhorar o toque de bola, mas seu time continuou buscando a individualidade. Por seu lado, o comandante rubro-negro apostou em Vital, que mostrou mais competência ao substituir Preto. No entanto, o ataque continuou o mesmo. O time chegava até a área e pecava justamente na conclusão. O meia Adriano, mais uma vez, teve a chance de decidir e desperdiçou. Tentou entrar com bola e tudo e trombou no bom goleiro Harley. Desse jeito, o resultado foi mais do que merecido para as duas equipes.
Seis reforços para quarta-feira
O técnico Gílson Nunes, do Atlético, ganha seis reforços para a partida de quarta-feira, contra a Ponte Preta, na Arena. O goleiro Flávio, o lateral-esquerdo Fabiano, o volante Cocito, o meia Kléberson e o atacante Dagoberto estarão à disposição e poderão voltar à equipe nesta rodada do Campeonato Brasileiro. Será a estréia do comandante rubro-negro em casa e a vitória é fundamental para a equipe se manter no grupo dos classificados.
O treinador sabe disso, mas está confiante que, com a volta de algumas de suas principais peças, o time possa voltar a render um bom futebol. “É isso que eu espero e vamos trabalhar para isso. O torcedor está ávido, está ansioso para as vitórias e nós vamos sempre trabalhar e procurar essa felicidade para que eles fiquem satisfeitos”, disse. Ele não quis adiantar se os atletas que estavam fora retornarão ao time. “Vamos analisar nos treinos que teremos pela frente. Os jogadores que entraram corresponderam, por isso que quero tirar algumas dúvidas antes de definir”, ponderou.
Hoje pela manhã, o grupo volta a trabalhar no CT do Caju e um dos principais erros a serem corrigidos será a finalizações. A falta de pontaria do ataque não está incomodando somente os torcedores. Ao final da partida de sábado, o zagueiro Rogério Correia saiu na bronca com a atuação dos finalizadores do Furacão. “Faltou ao nosso ataque aquele último passe. A gente teve várias bolas para fazer um contra-ataque e não aproveitamos”, disparou. Segundo ele, faltou atenção na hora da definição das jogadas. “A gente tem que aproveitar bastante esses contra-ataques e ter mais vontade”, reiterou.
Para o atacante Kléber, só faltou o gol. “A gente criou as oportunidades, mas não concluiu bem”, analisou. Segundo ele, o importante é trabalhar mais e manter a paciência para buscar o tempo perdido diante da Ponte Preta. “Perdemos várias oportunidades, mas mesmo assim, o resultado foi muito bom porque não podíamos perder essa partida”, finalizou.
Adriano Basso
O goleiro atleticano passará hoje por uma bateria de exames em Curitiba para saber exatamente o que aconteceu em Goiânia. “Quando cheguei no hotel (sexta-feira à noite), fui urinar e só saiu sangue. Pela manhã (no sábado), a mesma coisa e quando fui me deitar começou uma dor muito forte”, explicou. O jogador disse que foi medicado no hotel mesmo e depois encaminhado a um hospital de Goiás para tomar soro. “Só passou a dor quando eu cheguei ao estádio, mas aí o Cléber já estava escalado e como não tinha outro goleiro eu completei o banco”. A principal suspeita é de que o problema seja no rim. “Tudo leva a crer que sim. Se for, eu terei que parar”, lamenta.