Diretor de arbitragem da Federação Paranaense de Basketball, Cláudio Luiz Brun começou a carreira em 1987, em Curitiba. Depois de fazer um curso de arbitragem, apitou jogos durante algum tempo até ser convidado pelo presidente da federação, Amarildo Rosa, para ocupar o atual. Desde então apita o Campeonato da Nossa Liga de Basquetebol. Em entrevista exclusiva, Cláudio fala sobre sua profissão, carreira e a atual gestão da federação.
Na sua opinião, qual a principal característica que um árbitro precisa ter?
Acima de tudo é preciso ter honestidade, não se envolver com qualquer situação que possa ser colocada em risco a sua integridade moral, pois apitar um jogo de basquete não é fácil e você precisa ter a maior isenção possível para não colocar em dúvida as suas marcações. Você precisa estar bem condicionado fisicamente e saber toda a regra da modalidade, para apitar com convicção todos os lances.
Há quanto tempo você está na Federação Paranaense de Basketball?
Desde o ano de 1987, quando fiz o curso de arbitragem, trabalhei na federação presidida na época pelo sr. César Vianna, depois da gestão dele, continuei como árbitro durante todos esses anos, quando me tornei árbitro nacional, e atualmente sou diretor de árbitros.
Como você vê o basquete paranaense?
Com as diretorias passadas, o basquete estava estagnado, quase parando, com muitas equipes desmotivadas, sem ânimo para investir na modalidade. Com a eleição do sr. Amarildo Rosa, a modalidade ganhou um novo incentivo, com várias equipes investindo de novo na modalidade, com três equipes do Estado jogando campeonatos brasileiros (da CBB e da Nossa Liga), a tendência é um aumento significativo no número de equipes interessadas em retornar à prática do basquetebol.
Na sua opinão, o Estado investe o suficiente no basquete?
A Paraná Esporte faz a sua parte, com os jogos da juventude e os abertos, mas o problema das modalidades ditas amadoras é estar vinculada a prefeituras. Muitas cidades com tradição na modalidade não estão jogando nos campeonatos promovidos pelas especializadas por conta de seus prefeitos não se conscientizarem da importância do esporte na formação da juventude, na formação do caráter, na disciplina, no saber perder e também ganhar, tudo isso através do esporte você adquire, mas muitos não têm essa visão, e por isso a cidade não participa com mais empenho em todas as modalidades, não só o basquete.
Quais as principais mudanças na federação que você percebe entre as gestões anteriores e a atual?
Como convivi desde 87 na federação, posso testemunhar "in loco" as transformações por que passa a modalidade, na gestão Amarildo Rosa. Houve uma mudança radical, envolvendo caráter, transparência, dignidade, respeito, responsabilidade, ou seja, todos esses atributos que se enraizaram na FPRB com a vinda da atual diretoria, fato este muito comemorado por todos os que militam na modalidade, árbitros, equipes, diretores, técnicos, todos que amam essa modalidade estão profundamente agradecidos pela iniciativa do sr. Amarildo Rosa em assumir esta especializada, fato este que veio dar um voto de crédito na modalidade em todo o Estado e também no Brasil, pois o mesmo está assumindo posições relevantes no cenário do basquetebol brasileiro.
