A classificação heróica – e dramática – do Paraná Clube à terceira fase da Copa do Brasil deixou a FPF em uma verdadeira “sinuca de bico”. A tabela da Segundona terá mais uma vez que ser refeita e a engenharia é complexa. Tudo por conta da tabela das oitavas de final do torneio nacional, que marca para os dias 25 de abril e 9 de maio os confrontos com o Palmeiras. O vice presidente da FPF, Amilton Stival, disse que somente na segunda-feira irá se pronunciar sobre essa questão. “Vou desligar o celular e passar três dias concentrado apenas nisso. Complicou tudo”, admitiu. Stival tem a necessidade de finalizar a competição estadual até agosto. Algo pouco provável diante das muitas coincidências de datas. “Já era complicado com o Paraná tendo duas competições simultâneas (a partir do dia 19 de maio, entra em cena a Série B do Brasileiro), mas com três ficou realmente complicadíssimo”, desabafou. O problema é que não basta remanejar apenas os jogos do Paraná. A marcação do jogo de volta frente ao Palmeiras para o dia 9 de maio, por exemplo, compromete toda uma sequência de partidas, na qual o Tricolor faria quatro jogos em série fora de casa. Pela tabela divulgada no dia 30 de março, o time de Ricardinho faria uma “miniexcursão” para enfrentar Cascavel (6/5), Foz (8/5), Grêmio Maringá (11/5) e Grêmio Metropolitano (13/5). “Com o jogo do Palmeiras bem no meio desta série, teremos que mudar”, confirmou Stival.
O problema é conseguir encontrar uma data disponível para um clube que tem nada menos que 13 jogos programados para o mês de maio. Um pela Copa do Brasil, nove pelo Paranaense e outros três pela Série B. O vice da FPF não descarta a possibilidade de ainda tentar junto à CBF uma antecipação do jogo Palmeiras x Paraná para o dia 2 de maio. Uma saída, porém, pouco provável, já que envolveria também a grande de programação da televisão, pois os dois jogos frente ao Verdão estão programados para a TV aberta.
A diretoria do Paraná preferiu não aprofundar o comentário sobre o tema. “Já fizemos algumas concessões – como a disputa de dois jogos seguidos fora, mas em cidades com distâncias inferiores a 150 quilômetros -, e agora só nos resta esperar uma solução por parte da federação”, disse o superintendente tricolor, Celso Bittencourt.