O Coritiba tentou até o começo da noite de ontem, mas diante do desdém do STJD, a Federação Paranaense de Futebol marcou o clássico de domingo contra o Paraná para o Caranguejão.
No entendimento do Alviverde, a decisão do tapetão previa apenas a vistoria do Couto Pereira por parte da CBF para que o estádio pudesse voltar a sediar partidas, mas isso não foi o suficiente. No Tarumã, os dirigentes da FPF avaliaram de outra forma e até adiaram em uma hora a partida contra o Tricolor, esperando uma boa vontade do STJD. Como isso não aconteceu, o confronto ficou mesmo para às 19h30 em Paranaguá.
“O Coritiba está muito tranquilo em relação à decisão jurídica, mas eles não entenderam assim”, lamentou o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade na saída da Federação.
O clube chegou a publicar no site oficial que estava indicando o Alto da Glória para o clássico com base na própria decisão de interdição. A CBF liberou o estádio e mandou os laudos para o STJD. Na FPF, no entanto, isso não ficou claro e a entidade aguardou a homologação do tapetão durante à tarde, o local da partida ficou em aberto nesse ínterim, mas acabou se decidindo pelo Caranguejão já à noite. “Vamos ter que acatar”, disse Andrade.
De acordo com o vice-presidente da FPF, Amilton Stival, não havia muito o que fazer. “Não marcamos para o Couto porque o STJD não apreciou a inspeção da CBF, não analisou a recomendação de liberação até o horário previsto (antes das 19h30)”, explicou.
Para Stival, a interpretação do Alviverde era temerária. “Eu interpreto de uma forma, você de outra e isso vai para a Justiça e a última instância é o pleno do STJD”, apontou.
Mesmo assim, ele garante que não faltou esforço da Federação. “Eles (diretoria do Alviverde) estavam aqui e viram o esforço que fizemos ligando para os vices-presidentes da CBF”, revelou.
Ao mesmo tempo, no Rio, nem adiantou os advogados do Coxa baterem ponto na sede do STJD. Só os funcionários do órgão cumpriram expediente após o recesso de Carnaval e ninguém soube informar onde estava o presidente em exercício Virgílio da Costa Val, responsável pela canetada que liberaria o Couto.