Enquanto o “favorito teórico” Coritiba passa por uma crise institucional e tenta evitar uma crise esportiva após a derrota para o J. Malucelli, o Paraná Clube junta os cacos após a era Comelli e aposta em Velloso para fugir do rebaixamento.

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É essa a tônica do clássico de hoje com duas equipes tão irregulares quanto o dia e o horário que os organizadores do Paranaense marcaram para encontro tão importante. Melhor para tricolores e alviverdes, que podem entrar em campo às 19h30 na Vila Capanema e aproveitar o momento inusitado para colocar a casa em ordem.

“O favoritismo é teórico. Ele acaba quando começa o jogo. Teoricamente e pelas campanhas, nós temos que assumir esse favoritismo, mas se não traduzir para dentro de campo não adianta”, analisa o técnico Ivo Wortmann.

Segundo ele, o Coritiba não pode se basear nas turbulências do adversário para se portar em campo. “Eu acho que nós temos que entender que é um clássico e independente do momento vivido pelo Paraná nós não podemos nos enganar porque é um clube grande, tem uma hora de recuperação e nós temos que estar atentos a isso”, destaca o treinador alviverde.

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Para ele, não dá para se iludir. “O Paraná é um clube grande, de tradição, tem a pressão do torcedor, tem a pressão da imprensa, os jogadores colocam pressão neles mesmos em busca de uma recuperação e nós temos que estar bem atentos e não dar nenhuma possibilidade de que isso aconteça”, avisa.

Do lado tricolor, o estreante Wagner Velloso encara um grande desafio – reerguer uma equipe atordoada pelos péssimos resultados e sem a confiança da torcida e de boa parte da diretoria.

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“O momento é complicado, mas se recuperarmos a auto-estima dos jogadores vamos dar um grande passo”, diz Velloso, que assumiu a responsabilidade de encarar o clássico. “Eu poderia simplesmente deixar o trabalho para os auxiliares, não ir para o banco e começar a trabalhar na quinta-feira. Mas não fujo dos desafios, e vou estar ao lado dos jogadores no clássico”, finalizou.