Que o clássico Atletiba é um jogo diferente todo mundo está cansado de ouvir jogadores, técnicos e dirigentes falarem. O duelo entre os dois maiores clubes do Estado tem também, quase sempre, alguns superpoderes.
O Coritiba, vencedor da partida realizada na Arena da Baixada, que vivia um clima de pressão, principalmente sobre seu técnico, Gilson Kleina, deve viver dias melhores a partir de agora. Já o time atleticano, que vinha tentando se moldar ao trabalho do técnico Paulo Autuori, deve viver, nesta semana, dias mais turbulentos, sobretudo pelo jogo decisivo de amanhã, contra o Flamengo, pela semifinal da Primeira Liga.
Apesar da grande atuação contra o Atlético e da vitória convincente diante do seu maior rival, o Coxa quer mais. O time alviverde fala agora em manter a regularidade nas boas atuações e também nos resultados positivos. Uma ótima oportunidade de colocar essa tarefa em prática está no duelo de domingo, contra o Maringá, no Couto Pereira, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paranaense.
“O Coritiba está jogando para ter essa regularidade, mas está pecando em algumas situações. O trabalho está sendo desenvolvido para isso. Você ganha um elenco fortalecido e não pode viver só desse jogo. Temos que focar agora no Maringá, estudar bem a tabela e classificar na melhor possível para fazer o mata mata em casa. Se a nossa postura dentro e fora de casa for como foi no clássico, se a gente tiver esse comportamento, temos tudo para sermos competentes nos playoffs”, frisou o técnico Gilson Kleina.
O Atlético, por sua vez, ainda segue vivendo uma crise de identidade sob o comando do técnico Paulo Autuori. O treinador, de fato, ainda não teve tempo para trabalhar com a equipe atleticana, mas a atuação abaixo da média contra o Coxa, dentro da Arena da Baixada, desagradou profundamente o comandante rubro-negro.
“Nesse tempo todo que eu tenho, duas coisas que eu faço. A primeira é parabenizar o vencedor. A segunda é ser o responsável pelo que aconteceu no jogo. Não produzimos o que esperávamos. Eles (jogadores) sabem que têm um comandante que gosta de desafios e que gosta de tomar frente das coisas. Temos muito a fazer. Estamos todos insatisfeitos da maneira que nos apresentamos. Internamente vamos conversar e preparar a equipe para o próximo jogo”, explicou o treinador do Furacão.