O Paranaense foi, em muitos momentos, marcado pela bagunça extra campo. Disputas nos tribunais provocadas por um regulamento mal feito. Dentro de campo, o nível técnico também não é dos melhores.
Porém, nada como um clássico para que tudo isso seja esquecido. Hoje, atleticanos e paranistas só querem saber de uma coisa: vitória. É claro que a vantagem é toda rubro-negra, mas os tricolores – que correm por fora desde o início da temporada – ainda não jogaram a toalha. É neste clima que Atlético e Paraná Clube entram em campo, às 16h, no Joaquim Américo.
O Rubro-Negro precisa dos três pontos para se manter na ponta da tabela. É o único resultado que garante essa condição ao time de Geninho, já que o Coritiba, amanhã, encara o Iraty, como franco favorito.
Empatar seria um desastre para o time que vem liderando a competição de ponta a ponta.
Geninho já convive com cobranças devido ao futebol irregular do time, que sofre com a ausência de Valencia e ainda não conseguiu encontrar um companheiro ideal para Rafael Moura. Hoje, sem Marcinho, Júlio César mais uma vez foi escalado. Na força da torcida, o Atlético não tem outra opção senão atacar, atacar…
Do outro lado, o Tricolor dá sua última cartada para se manter na luta pelo improvável título estadual.
Quatro pontos atrás dos líderes, precisa não apenas da vitória, mas de uma série de combinações para ainda se permitir sonhar.
O técnico Wagner Velloso não desistiu do objetivo, mas tem consciência de que hoje o seu time pode ser eliminado da competição.
Um desafio que não o intimida, apesar do favoritismo do adversário. Restando só três rodadas para o fim do torneio, se vê obrigado a mexer em todos os setores do time e ainda busca um camisa 9 ideal. Ingredientes do último confronto entre os clubes nesta temporada, o de número 77 na história do clássico. Retrospecto que dá ampla vantagem ao Atlético (29 vitórias, contra 21 do Tricolor).
Só que dos últimos cinco jogos disputados na Arena, o Paraná venceu dois, o que coloca ainda mais tempero na partida desta tarde, que terá arbitragem de Antônio Denival de Morais. Duelo que será praticamente de uma torcida só, já que os paranistas não esgotaram sequer a carga de mil ingressos a eles destinada.