O Paraná Clube vai para o clássico de hoje sob pressão. É o preço que o time de Otacílio Gonçalves paga pela instabilidade na competição. As derrotas fora de casa deixam o Tricolor na obrigação de “fazer a lição de casa”, mesmo tendo pela frente uma das melhores equipes do Campeonato Brasileiro. Os jogadores apostam no poder de superação demonstrado até aqui pelo grupo, que teve bons momentos nas partidas frente a São Caetano, Palmeiras e Flamengo. A única indefinição está no ataque, pois Maurílio depende de um teste no vestiário.
“Não é uma dúvida. Se ele estiver em condições, vai jogar. Senão, o Waldir permanece no time”, explicou Otacílio. Maurílio sofreu uma contratura muscular na coxa esquerda nos primeiros minutos do jogo contra o Flamengo. Passou a semana em tratamento, mas ontem não treinou – como inicialmente estava programado. Com cinco gols, Maurílio é um jogador imprescindível para o Tricolor. É o responsável por praticamente todos os lances de bola parada e o capitão da equipe. Na teoria, com Waldir o time ganharia a jogada de velocidade pelos flancos. O artilheiro Márcio foi poupado do treino de ontem pela manhã, com dores no joelho esquerdo, mas tem escalação assegurada.
Independente da formação do ataque, é certo que o Paraná manterá a postura compacta do meio-de-campo, com três volantes. Goiano retorna ao time após cumprir suspensão e terá como missão – ao lado de Sidnei e Émerson – “quebrar” a velocidade dos meias atleticanos. A força do Rubro-negro está, segundo o volante, na qualidade do passe e na velocidade de Kléberson e Adriano. “Porém, o Atlético tem um conjunto muito forte, com reservas de qualidade. A atenção terá que ser geral”, comentou Goiano. O desafio é impedir que o ataque rubro-negro, pela primeira vez na competição, “passe em branco”.
O Atlético fez gols nos nove jogos que disputou e tem média de 2 gols/jogo. “Teremos pela frente o melhor ataque da competição. Por isso, temos que estar ligados como nunca”, alertou o goleiro Marcos. O jogador recuperou a condição de titular neste Brasileirão e também a ótima forma. Tem feito intervenções decisivas e espera “fechar o gol” neste clássico. “Faz tempo que não disputo um clássico e o jogo é muito importante para a nossa seqüência”, disse Marcos. Na temporada, ele disputou somente um clássico e frente ao Atlético. O jogo foi pela Sul-Minas, em fevereiro, e terminou sem gols.