O Atletiba de ontem pode ser chamado de clássico da paz. Segundo o comandante do policiamento da capital, coronel Jorge Costa Filho, o saldo foi positivo e este foi um dos clássicos menos violento dos últimos tempos. “Teve problemas com 17 ônibus, mas foi vandalismo. Pequenas avarias apenas. Realmente este clássico foi muito tranquilo. Todo mundo está de parabéns, os clubes, a população, a imprensa, a polícia. Creio que foi um dos clássicos menos violentos dos últimos tempos”, relatou.
Ao todo, quatro pessoas foram detidas, uma foi baleada e outra foi presa. “Tivemos pequenas confusões, mas não houve confrontos. Não havia integrantes de torcidas organizadas para se confrontarem. Acaba diminuindo a violência. O resultado foi positivo”, salientou.
O coronel disse que a mobilização foi maior de todas as partes e que seu sonho é um clássico sem violência. “Houve uma conscientização dos torcedores e uma mudança comportamental. O ideal era chegarmos a um ponto que não houvesse nenhum problema. Estamos trabalhando. Esse é meu sonho, de terminar um clássico sem nenhuma ocorrência”, concluiu.
Coritiba diz que essa é a verdadeira torcida Alviverde
O gerente de futebol do Coritiba, Felipe Ximenes, disse que o clube já esperava a bonita festa da torcida alviverde e em que nenhum momento temeu por confusões. “O importante é que o jogo de dezembro foi exceção. A torcida do Coritiba sempre fez bonito no estádio. A festa de ontem a gente estava acostumado a ver. Está na hora de valorizar a regra e não a exceção”, relatou.
O dirigente argumentou que a organização e a mobilização de todos os envolvidos no clássico fez a diferença. “Isso é reflexo de organização. Todos envolvidos trabalharam bem. O esquema de segurança foi bom e isso refletiu no torcedor. Vimos manifestações de paz ao longo da semana”, explicou.
Ximenes elogiou a postura da diretoria, que no início do ano rompeu com as torcidas organizadas devido aos episódios de 6 de dezembro. “Violência prejudica o futebol paranaense como um todo. Coritiba foi pioneiro no combate a pessoas que se travestem de torcedores para praticar crimes. Fizemos isso em um momento em que o clube estava fragilizado. Uma atitude de muita coragem”, finalizou.
