Fosse 20 ou 30 anos atrás, uma partida entre Cascavel x Toledo era capaz de mobilizar duas cidades divididas por menos de 35 quilômetros de estrada. Assim foi um dia o espírito do Clássico da Soja, que reeditado volta a ocorrer na noite de hoje, pela Divisão de Acesso do Paranaense 2011, mas com expectativa de arquibancadas vazias no Estádio Olímpico.
As mudanças constantes dos representantes das cidades ajudam a explicar o desinteresse. No decorrer da história, Cascavel chegou a ter pelo menos quatro times com o nome do município.
O auge foi conquistado em 1980, com o Cascavel Esporte Clube campeão paranaense, em título dividido com o Colorado. Já a falta de perspectivas reflete ao panorama de hoje. O Cascavel Clube Recreativo foi rebaixado na elite do Estadual desse ano e o Futebol Clube Cascavel passa dificuldades no Acesso.
“Montamos o time pra representar a cidade e, quem sabe, conseguir manter Cascavel com uma vaga na 1.ª divisão do Paranaense. Mas tivemos de mandar praticamente todos jogos em Foz do Iguaçu (pelo fato de a Federação Paranaense de Futebol ter anteriormente interditado o Estádio Olímpico)”, lamenta o vice-presidente do FC Cascavel, Sandro Belletti.
Não muito diferente é a metamorfose do rival. Antes do nascimento do Toledo Colônia Work, a cidade foi representada por equipes como Toledo Futebol Clube, Toledo Esporte Clube e, por fim, o Império Toledo.
Ainda assim, a diretoria do Toledo Colônia Work ressalta sua maior façanha para mostrar um pouco de otimismo. “É um clube novo, mas já temos alguns torcedores fanáticos. Mesmo com tristezas, nossos torcedores já tiveram algumas alegrias, como as semifinais do Paranaense 2008”, conta o presidente do clube, Irno Picinini.
Atualmente as duas equipes se encontram em posições distintas na tabela da segundona paranaense. O FC Cascavel luta contra o rebaixamento. Já o Toledo segue na coliderança do 2.º turno, junto de Londrina e Foz do Iguaçu, brigando por vaga na elite do futebol estadual.
