Clássico com sabor de derrota. Para os dois

O empate de sábado entre Paraná Clube e Atlético por 2 a 2 acabou sendo ruim para as duas equipes. Além de os dois times terem baixado seu aproveitamento no Campeonato Brasileiro, o Furacão caiu para a 5.ª posição e o Tricolor divide a 20.ª colocação com Vasco da Gama e Grêmio. No meio de semana, os rubro-negros recebem o Gama na Baixada, enquanto os paranistas vão a Minas Gerais encarar o Galo.

A expectativa era que o jogo fosse o tira-teima entre Paraná Clube e Atlético, mas como tem ficado marcado na história dos confrontos, o empate por 2 a 2 acabou prevalecendo no final. Apesar de ruim tecnicamente, os torcedores que foram ao Couto Pereira no sábado puderam ver vários ingredientes que costumam marcar um clássico desse porte. Erros de arbitragem, gols bonitos e confusão e agressão entre os jogadores.

O vento que batia no Alto da Glória fez com que os times demorassem a esquentar. O gramado encharcado também ajudou os dois times a não mostrarem um bom futebol. O Paraná chegou com perigo primeiro, mas foi o Atlético que mostrou mais vontade de marcar. Após várias blitze na área paranista, Kléberson cobrou uma falta com perfeição na cabeça de Kléber, que cabeceou a bola com estilo na rede do goleiro Marcos. A desvantagem acordou o Tricolor, que foi para cima. O Rubro-Negro aceitou a pressão e permitiu o empate. Num rebote da defesa, o volante Émerson aparou na intermediária e mandou no canto de Adriano Basso.

Aí foi a vez do Furacão voltar ao ataque e o árbitro Carlos Magno começar a errar. Aos 34, o comandante do jogo inverteu um arremesso lateral na ponta-esquerda do ataque atleticano e propiciou o gol de desempate. O artilheiro Kléber recebeu a bola, deu um corte em Bosco e chutou a bola colocada no canto alto esquerdo de Marcos. Um golaço. O Paraná acabou sentindo e recuou, mas o time da Baixada não teve competência para aumentar sua vantagem na primeira etapa.

No segundo tempo, mais organizado, foi o Paraná quem partiu para cima. O empate era questão de tempo e saiu novamente após um rebote mal feito pela defesa rubro-negra. O lateral-esquerdo Fabinho agradeceu o presente e chutou forte, sem chances para Basso. Mas o golaço não impediu o jogador de trocar tapas com o volante Douglas Silva. De forma acertada, Magno mandou os dois para fora. Descontrolado, o atleticano acertou um soco no paranista, que ainda revidou, mas a pior ficou com o lateral-esquerdo, que foi para o vestiário com a boca sangrando.

Com dez para cada lado, o jogo ficou mais aberto e as equipes mais agressivas, mas a falta de pontaria manteve o placar inalterado. O Atlético ainda poderia ter vencido a partida caso tivesse um pênalti marcado aos 47 minutos. Dagoberto foi derrubado em cima da linha, mas Magno preferiu apontar para fora da área. Kléberson cobrou a falta e não aproveitou.

Atlético nega proposta do Celtic por Kléberson

O meia do Atlético Kléberson voltou a virar notícia ontem. Não por sua atuação contra o Paraná Clube, que foi apenas discreta, mas por uma possível negociação com o desconhecido futebol escocês. Várias especulações davam conta que o Xaropinho iria para o Celtic vendido ou até mesmo por empréstimo. “É tudo mentira”, desmentiu o presidente do clube, Mário Celso Petraglia, que descartou qualquer possibilidade de negociação do jogador nesse momento.

A possibilidade, se houver uma, é que haja negócio apenas em dezembro ou janeiro (meio de temporada quando os clubes podem contratar novos jogadores). No mês passado, o manager do Celtic, Martin O’Neill, havia desistido da contratação devido às exigências do Atlético (cerca de US$ 20 milhões). Ontem, duas novas versões surgiram sobre uma possível ida do jogador para a Escócia. Uma delas dava conta que Kléberson seria emprestado por US$ 800 mil por um ano com passe fixado em US$ 4 milhões. A outra era de que os escoceses estavam dispostos a pagar US$ 8 milhões pelo campeão mundial. No meio de tudo, o próprio jogador disse que não recebeu nenhum proposta. (RS)

Paraná em Brasília

Após o primeiro empate do Paraná Clube no Campeonato Brasileiro, sábado, contra o Atlético, o técnico Otacílio Gonçalves começa a pensar na próxima partida. O desafio agora é pegar o Galo, no Mineirão, e quebrar mais um tabu na competição, já que o Tricolor ainda não pontuou fora de casa. Para este jogo, o treinador não poderá contar com o volante Émerson, que tomou o terceiro cartão amarelo.

“Nós deixamos a nossa regularidade porque ganhávamos e acabamos empatando. Agora vamos ver se mudamos a nossa regularidade de só perder fora”, torce Otacílio. Para o lugar de Émerson, o técnico tem as opções de César Romero se quiser manter o mesmo esquema (4-5-1) ou ainda manter Tiago na equipe e apenas promover a volta de Maurílio ao ataque. Hoje, o grupo volta aos trabalhos na Vila Capanema.

Mesmo conquistando apenas um ponto na partida de sábado, Otacílio gostou da apresentação e elogiou a equipe adversária. “Na minha opinião, o Atlético é a melhor equipe do Campeonato Brasileiro. Tem um treinador competentíssimo, um jogador campeão do mundo e outros de grande qualidade. Por isso, estou satisfeito pelo resultado da minha equipe que mostrou qualidades e mostrou que também tem condição de enfrentar os líderes”, apontou. (RS)

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