A reapresentação do elenco atleticano no CT do Caju foi especial ao menos para um jogador: Claiton. Após mais de oito meses afastado em razão das duas operações no tendão-de-Aquiles (em julho e novembro de 2009), o jogador de 32 anos voltou ontem a participar de treinamento com bola junto aos companheiros do elenco.

continua após a publicidade

As dificuldades enfrentadas durante o período de recuperação foram tantas que o Predador (como é carinhosamente chamado pela torcida rubro-negra) pensou que não voltaria a jogar bola e teria que encerrar a carreira prematuramente.

“Temi por isso em vários momentos. Em novembro, quando tive que fazer outra operação, fiquei muito assustado. Depois, quando não conseguia andar também. Nesse momento o apoio dos fisioterapeutas e dos companheiros foi muito importante”, ressaltou.

Por todo esse sofrimento deixado para trás, o jogador era só alegria. Além de agradecimentos aos profissionais do clube e à família. “Foi uma fase difícil em que me apeguei muito à minha família. Minha esposa e filho estiverem comigo o tempo todo. Por isso, voltar a treinar com o grupo é uma emoção muito grande. Vai ser uma noite que vou conseguir dormir porque vinha com uma ansiedade grande, esperando essa volta”, desabafou.

continua após a publicidade

Claiton prefere não estipular um prazo para voltar aos gramados porque a previsão feita no ano passado não se concretizou e gerou apenas mais ansiedade.

Por ele, o retorno aconteceria já na 1ª rodada do Brasileirão, em 9 de maio, mas ele sabe que isso não irá acontecer. “As coisas estão caminhando melhores do que esperava. A vontade supera muita coisa e estou com 1000% de vontade de voltar. Mas voltarei quando estiver bem”, afirmou.

continua após a publicidade

O aguardado retorno do Predador passa a ser também uma questão de necessidade. O Atlético não fez um bom primeiro quadrimestre e está em processo de reformulação. Busca reforços no mercado da bola, mas está difícil para encontrar jogadores com experiência e qualidade. Quesitos em que o predador se enquadra perfeitamente.

“Tenho consciência de minha importância dentro do grupo e, por isso, vou tentar me recuperar da melhor maneira possível. Independente de estar jogando ou não. Quero estar no grupo e participar efetivamente”, finalizou.