Ex-capitão do Atlético acredita no poder de reação da equipe na decisão do Campeonato Paranaense contra o rival Coritiba neste domingo.
Mas alertou que o atacante coritibano Keirisson precisa ser acompanhado com atenção. Claiton, atualmente no Consadole Sapporo, é um dos principais destaques na primeira divisão do futebol japonês, sendo líder em número de assistências a gol. Ele aproveitou a conversa com a coluna para desaprovar a fórmula da competição estadual que reduziu a importância da bela sequência de vitórias do Atlético no começo do ano.
Direto do Japão: Como você analisa a situação do Atlético na final?
Claiton: O sistema da competição é muito injusto. Joga-se por terra a bela campanha com a sequência de vitórias no 1.º turno do Paranaense. Agora o Atlético se vê numa situação incômoda. Mas a equipe já demonstrou que tem poder de reação, principalmente na Arena. Está difícil, mas não impossível. Conheço o Atlético. O time precisa do resultado e por isso jogará para frente. Será agressivo. Só a vitória interessa, não tem nada a perder. Será um jogo aberto. Não faltará emoção para os torcedores.
Vai ser um prato cheio para quem gosta de futebol.
DJ: E o Coritiba surpreende?
Claiton: Estive em campo na vitória do Atlético conta o Coritiba por 2 a 0 no começo do ano. Mas no momento, o Coxa é outro time. Cresceu muito, principalmente com as boas atuações do Keirisson. Ele não estava muito bem, mas com o tempo a sua condição melhorou e todo o time acompanhou essa evolução.
DJ: O que o Atlético precisa fazer?
Claiton: A comissão técnica é muito experiente e saberá unir o grupo. O time precisa, principalmente, de tranquilidade. Se conseguir manter a concentração durante todo o jogo, a torcida fará a diferença.
DJ: Jogar na Arena compensa a desvantagem atleticana?
Claiton: No campo os jogadores do Atlético terão que buscar o resultado em igualdade de condições, pois são 11 contra 11. Mas a torcida ajudará. Ela pode dar aquele empurrão a mais que os jogadores precisam para superar os momentos difíceis.
DJ: Gostaria de estar na final?
Claiton: Apesar de estar aqui no Japão, longe de tudo, ainda me vejo jogando ao lado dos meus companheiros do Atlético. Participei da campanha. Marquei três gols. Só deixei o clube porque não havia como recusar a proposta do Consadole Sapporo. Para um jogador de 30 anos, como eu, não é sempre que aparece um contrato de dois anos com termos que lhe oferecem tranquilidade financeira.
DJ: Um palpite para a decisão?
Claiton: Acho que dá para o Atlético fazer um gol no 1.º tempo e outro no 2.º tempo.
DJ: Volta para o Atlético?
Claiton: Gostaria muito.
Me identifiquei com o clube. Vou continuar jogando por mais alguns anos. As chances estão abertas.