Horas depois de o meia Ederson ter sido operado com sucesso para retirada de um testículo que foi diagnosticado com um tumor, em problema de saúde grave revelado pelo Flamengo na última terça-feira, o cirurgião Franz Campos, que realizou o procedimento, e o chefe do departamento médico do clube, Marcio Tannure, concederam entrevista coletiva nesta sexta para falar sobre a situação do jogador.

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A cirurgia ocorreu em um hospital da zona sul do Rio e foi acompanhada de perto por Tannure, que ao lado de Campos detalhou os próximos passos da recuperação do atleta. Os dois profissionais revelaram que ainda não é possível estabelecer um prazo previsto para a volta do jogador aos gramados, mas ressaltaram que o mais importante agora será se preocupar apenas com o tratamento. O Flamengo também confirmou que o jogador terá alta neste sábado pela manhã.

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“O cuidado maior agora é com a saúde do Ederson. Começamos uma guerra e a primeira batalha foi vencida. É uma patologia rara, agressiva, mas com índice de cura alto, desde que conduzido com celeridade, como está fazendo o Flamengo, com a preocupação de desde o início para retirar a fábrica de lesão que começa no testículo. A partir daí, as chances de cura começam a aumentar, porque já vai para a próxima etapa de tratamento, que é multimodal. Começa com cirurgia, segue com quimioterapia e, no futuro, avalia-se como o paciente vai responder”, afirmou Franz Campos, informando assim que Ederson deverá ser submetido à quimioterapia e que este tipo de tratamento pode demorar até três meses.

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Além da retirada do testículo afetado pelo tumor, na cirurgia foi implantada uma prótese no lugar do órgão, sendo que apenas após o término da quimioterapia os médicos poderão avaliar quando o jogador poderá voltar a jogar futebol.

“A cirurgia foi um sucesso. Durou 40 minutos. Foi necessário retirar o testículo direito que estava acometido pela lesão. O material foi biopsiado e enviado para o controle de biópsia, para confirmar o tumor. Foi implantada uma prótese testicular, que é o procedimento padrão. O material retirado foi enviado para uma análise que vai definir várias situações no futuro”, explicou Campos, que ainda destacou o bom índice de cura que este tipo de tumor costuma ter. “Ainda é muito precoce para falar qualquer coisa, mas tumores de testículo, como um todo, possuem um índice de 90% de cura, e é isso o que vamos perseguir”, finalizou.

Tannure também exibiu otimismo ao projetar uma boa recuperação de Ederson. “Ele ainda vai ter que passar pelos tratamentos químico e clínico. Ainda não tem previsão de cura. Uma previsão de volta (aos gramados) só poderemos dar após alta clínica. Uma vez que ele tiver medicamente curado, será avaliado. Vamos montar um protocolo para que ele volte gradualmente até a sua melhor performance. Estamos esperançosos de que ele volte o mais breve possível. A cirurgia foi muito bem-sucedida e isso nos dá um conforto de que as coisas sairão dentro do esperado”, afirmou o médico flamenguista.