São cinco pilotos lutando pelo título, num final de campeonato que a F-1 não via desde a década de 80 com monstros sagrados como Piquet, Mansell, Senna e Prost. E a antepenúltima etapa do Mundial acontece na próxima madrugada (largada às 4h, de Brasília, de domingo) numa pista inacabada.
A Coreia do Sul correu para deixar seu circuito, que estreia na categoria, em condições mínimas para que uma corrida de carros pudesse acontecer neste fim de semana.
Os primeiros treinos mostraram que quase conseguiram. Quase porque os organizadores passaram a noite de sexta-feira e a madrugada do sábado mexendo em zebras e muros.
Modificações no circuito de Yeongam foram feitas para a classificação, que aconteceu na madrugada de hoje, depois das reclamações dos pilotos sobre alguns trechos da pista.
A FIA também concordou que a superfície da pista sul-coreana seria lavada durante esta noite para tentar amenizar a sujeira. Há muito pó no asfalto, por contas das inúmeras obras ainda em construção no autódromo e em seu entorno.
Outros ajustes também seriam feitos na entrada dos boxes, algo que foi de grande preocupação para os pilotos. Mas apesar disso, eles gostaram do traçado. Michael Schumacher, por exemplo, teve uma boa primeira impressão do circuito de Yeongam. O veterano classificou-a como “exigente e desafiadora”.
“Gostei de pilotar aqui. É claro que uma pista com asfalto totalmente novo precisa de borracha, mas ela melhorou muito ao longo do dia”, falou o alemão da Mercedes depois dos primeiros treinos.
Ele disse também que ficou agradavelmente surpreso com a extensão e as características do circuito sul-coreano. “Ele é muito exigente, desafiador e complicado, o que constitui um desafio que eu gosto muito”, elogiou.
A Coreia do Sul é mais um dos mercados para os quais Bernie Ecclestone, o chefão da F-1, olha com carinho. Tem muito dinheiro na praça e população que consome o que lhe aparecer na frente.
No ano que vem, a Índia passará a fazer parte do Mundial. Em 2014, a Rússia. A Europa pode perder mais algumas provas para que esses novos GPs sejam acomodados no calendário. O Brasil também corre riscos.