O campeão olímpico e mundial Cesar Cielo atribuiu o resultado positivo no exame antidoping divulgado nesta sexta-feira a uma possível “contaminação cruzada” no suplemento que costuma consumir em seus treinos. O nadador testou positivo para a substância diurética furosemida, proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada), durante a disputa do Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, em maio.

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“Sempre fiz uso desse suplemento e nunca um controle feito anteriormente apresentou problema. Pela segurança que tenho na utilização desse suplemento, creio que este resultado tenha sido um fato isolado. Por causa dessa mesma confiança, outros atletas também fizeram uso do suplemento”, afirmou o campeão olímpico, em nota oficial.

Também foram flagrados no mesmo exame Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa, o único dos quatro nadadores que não integra o projeto P.R.O. 16, grupo de treinamento criado por Cielo. Todos os quatro atletas receberam apenas uma advertência do Painel de Controle de Doping, instaurado pela CBDA nesta sexta.

Em sua defesa, Cielo citou uma eventual “contaminação cruzada”, considerada excepcional pelo próprio nadador. “Durante o painel, todos os dados foram levantados e comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normas e protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária)”, registrou Cielo.

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O nadador destacou que nunca fez uso de recurso ergogênico ilícito, capaz de melhorar a performance em atividades físicas esportivas. “Sempre tive o maior cuidado com todo tipo de medicamento ingerido. Me considero um atleta exemplar neste aspecto. Nunca utilizei nenhum recurso ergogênico ilícito que pudesse favorecer a minha performance”.

Cielo ressaltou que está acostumado a passar por testes antidoping e nunca foi flagrado antes em diferentes competições pelo mundo. “Faço controles constantemente – este ano, já fui testado cinco vezes. Fiz, inclusive, teste de sangue na França, durante o Aberto de Paris. Passo por controles periódicos e sou um dos atletas que integram o programa de rastreamento da Fina, o que significa que preciso sempre informar a entidade cada vez que me desloco. Posso ser testado a qualquer momento, em qualquer lugar. São as regras do jogo e eu sempre soube disso”.

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“Em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia. Não uso nenhum tipo de medicamento ou suplemento sem me certificar da segurança de sua utilização. Em qualquer lugar do mundo em que esteja, consulto sempre meu médico e meu pai, que é médico, sobre os componentes de todo medicamento ou suplemento antes de ingeri-los. Sou extremamente cuidadoso com isso e tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho”, declarou o atual campeão olímpico nos 50 metros livre e recordista mundial dos 50 e dos 100 metros livre.