Cielo chega ao Minas: ‘Precisava de um clube grande’

Dispensado do Flamengo no fim de 2012, quando houve mudança na direção rubro-negra, Cesar Cielo estava praticamente sem clube até assinar com o Minas Tênis Clube, e ser apresentado nesta quinta-feira, em Belo Horizonte. O tricampeão mundial dos 50m livre estava treinando no Mesa Aquatics Club, nos Estados Unidos, e competindo pelo pequeno Clube de Campo de Piracicaba, só para ser filiado e poder participar de competições nacionais, todas elas interclubes.

O nadador diz que sentia a necessidade de fazer parte de um clube grande, convivendo diariamente com outros atletas e se sentindo membro de um grupo. Essa vontade, segundo Cielo, vem desde os Jogos de Londres, em 2012, mas só agora ele se sentiu seguro de tomar essa decisão, uma vez que precisou operar os dois joelhos depois da Olimpíada, na qual ganhou medalha de bronze nos 50m livre.

“Eu não sabia se conseguiria nadar bem o (Troféu) Maria Lenk (no primeiro semestre de 2013), nadar do jeito que um clube grande precisaria. Eu conversei com o pessoal de Piracicaba e senti que precisava ser mais egoísta, investir mais na minha recuperação mesmo. Não me sentiria bem em integrar uma super equipe sem estar apto. Eu queria arrumar a minha casa primeiro”, explicou.

“Depois do Mundial eu já estava pensando que precisava de um time grande, com essa super estrutura do Minas e aí foi só dar continuidade. Hoje sei que posso nadar bem qualquer prova, me sinto confortável e estava precisando ver o pessoalzinho aqui na coletiva, ver gente na piscina”, comentou Cielo, na sua apresentação, feita pelo presidente do clube, Luiz Gustavo Lage, e pelo diretor de natação, Carlos Antônio da Rocha.

Já morando em Belo Horizonte, Cielo vai trocar de treinador. Depois de uma temporada com o norte-americano Scott Goodrich, seu ex-companheiro de equipe na Universidade de Auburn (Estados Unidos), ele agora será um dos comandados pelo australiano Scott Volkers, ‘head coach’ do Fiat/Minas, como é chamada a equipe de natação do clube mineiro.

“Entendi que o Minas seria o clube e, o Scott, o cara que também poderia ser importante na minha carreira. Aqui, eu senti, posso ser um nadador melhor, nadar mais rápido que é o que eu quero”, observou.

Outro motivo relevante para Cielo acertar com o Minas foi a contratação de Goodrich pelo Mesa Aquatics Club, do Arizona. Se antes o norte-americano podia acompanhar o campeão mundial nos treinos esporádicos no Brasil, agora Cielo não teria mais um trabalho individualizado.

“O Scott é hoje o head coach de uma das maiores equipes dos Estados Unidos e não seria mais a mesma relação do ano passado, quando ele veio morar no Brasil por um tempo e viajava comigo para tudo quanto era lugar. Eu já queria um clube no Brasil e, a partir da hora que essa situação apareceu, eu precisava de um técnico que me passasse experiência, capacidade técnica, confiança, que eu ouvisse, acreditasse e sentisse que seria um nadador melhor treinando com ele”, disse Cielo, referindo-se a Volkers.

Mas o campeão mundial sabe que ele também tem muito a ensinar, principalmente num clube com dezenas de atletas que podem tê-lo como espelho. “Espero que vejam como eu trato a natação, como cuido de chegar na hora e não fazer nem 5 metros a menos do que foi estabelecido para o treino. Espero influenciar de forma exemplar.”

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