Ciclismo busca renascimento

Os Jogos Sul-Americanos vão ter um significado especial para a equipe brasileira de ciclismo, que disputa as provas de pista e de estrada em Curitiba, no velódromo municipal e na BR-277. Depois de um período de seis anos de disputas políticas, rixas pessoais e discussões com patrocinadores dentro da Confederação, o ciclismo do Brasil volta a contar com uma verdadeira equipe.

Adir Romeo, que junto a Iwerson Ladewig e Renato Bukc formam a comissão técnica brasileira, diz que os problemas estruturais minaram o prestígio que o País alcançou na década de 80. “Tínhamos um nome e perdemos ele. Na década de 90 passamos a viver de participações isoladas de alguns atletas. Não tivemos e não pensávamos em formar um time”, conta.

Nas Olimpíadas de Syndey, em 2000, os atletas brasileiros não puderam contar nem com um mecânico. Evandro de Oliveira, que há mais de doze anos cuida do equipamento dos ciclistas foi sacado por problemas envolvendo patrocinadores.

Por isso, a promessa em Curitiba é mostrar que a fase ruim ficou para trás. Com uma nova diretoria frente à Confederação, mais afinada com atletas e com o próprio Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Brasil quer recuperar o tempo perdido e lutar de igual para igual com os favoritos argentinos. “Eles realmente têm um time muito forte. Mas também sabemos do potencial de uruguaios e chilenos”, diz Romeo.

Chilenos que inclusive já estão treinando na cidade. E com um objetivo claro: ganhar. É o que garante Luiz Sepulveda, um dos destaques da Prata no último Sul-americano, na perseguição por equipe, o ciclista que já chegou a estar entre os oito melhores meio-fundistas do mundo, quer desbancar os argentinos, atuais campeões, que chegam hoje, e os donos da casa.

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