Apesar da tranquilidade e confiança demonstrada pelo presidente Lucas Franzato, o Cianorte corre riscos de graves punições por ter ingressado na Justiça Comum contra a CBF – a equipe cobra uma vaga na Série C de 2014. De acordo com o procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, o clube pode até ser suspenso do futebol brasileiro e sofrer desfiliação da Fifa.
A alegação do clube paranaense para obter a vaga na Série C deste ano é de que em 2011 cinco clubes foram promovidos da Quarta para a Terceira Divisão (com a exclusão do Rio Branco-AC, o Treze-PB, que foi o quinto em 2011, disputou a Terceirona em 2013) e o pedido do Leão do Vale é para que isso seja mantido, já que o time terminou a Série D de 2012 na quinta posição.
A medida foi reprovada por Paulo Schmitt, que reprova o ingresso dos clubes à Justiça Comum. ‘É um desserviço ao futebol. Não toleramos isso’, declarou o procurador. ‘O primeiro passo vai ser a CBF ser intimada a depor, assim eles devem acionar o STJD, que tende a lançar a denúncia contra o Cianorte’, detalhou.
Se a denúncia for mesmo realizada, o Cianorte pode sofrer graves punições de acordo com o procurador do STJD. ‘São possíveis diversas penas, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê multas, rebaixamento, desfiliação e até mesmo a suspensão para os clubes que ingressarem à Justiça Comum’, apontou Paulo Schmitt.
Mesmo ciente dos riscos, o Leão do Vale não demonstra preocupações com o caso. ‘Nós estamos convictos que vamos ganhar. A lei é clara. Nós fomos prejudicados e estamos lutando pelos nossos direitos’, garantiu o presidente do clube paranaense.
Quem apoiou o Cianorte a entrar na Justiça Comum foi a Federação Paranaense de Futebol, que acompanhou o caso desde o início e chegou a se reunir com a CBF. ‘É um direito do clube, não podemos temer retaliações e não brigar pelo o que é nosso’, afirmou o presidente da entidade, Hélio Cury.