O Cianorte entrou na Justiça Comum exigindo uma vaga na Série C de 2014. A alegação é de que cinco clubes foram promovidos para a Terceirona em 2011 e que o fato deveria ser repetido na sequência (o time foi o quinto em 2012). No entanto isso não aconteceu e aliado ao episódio envolvendo a Série D do ano passado – a diretoria afirma que tinha garantia da CBF de que participaria da competição, fato que não foi mantido e que gerou um prejuízo financeiro – o Leão do Vale tomou tal decisão. Para isso, a equipe conta com um aliado: a Federação Paranaense de Futebol.
A briga começou quando a CBF excluiu o Rio Branco, do Acre, e deu a vaga ao Treze, da Paraíba, que havia sido o quinto colocado da Série D em 2011. Após uma batalha judicial, a Terceira Divisão de 2013 teve 21 equipes. O Cianorte acredita que o fato caracterizou o acesso de cinco times em 2011, o que deveria ser repetido para a atual temporada. “Isso está no Estatuto do Torcedor. Tinha que ser mantido”, argumentou o presidente do clube paranaense, Lucas Franzato.
Para piorar há uma outra briga entre o Cianorte e a CBF. No ano passado o clube diz que recebeu um ofício da CBF com a garantia de que participaria da Série D em 2013, mas o regulamento foi alterado e o time paranaense foi sacado. O fato gerou uma revolta dos dirigentes, já que o planejamento contava com essa participação e investimentos foram realizados (aproximadamente R$ 3 milhões). “Foi um absurdo. Pisaram na bola com a gente duas vezes e nos deram um prejuízo imenso”, disse Franzato. “Por isso entramos na Justiça Desportiva, mas não conseguimos a vitória. Depois estudamos muito e decidimos entrar na Justiça Comum”, complementou o presidente.
A decisão de entrar na Justiça Comum não foi só do Cianorte. Segundo o clube, a Federação Paranaense de Futebol deu toda a assistência possível, fato confirmado pelo presidente da entidade, Hélio Cury. “Acompanho todo o caso desde o início. Fiz três reuniões com a CBF, na busca de fazê-los entenderem. A briga é legítima, é algo justo. O Cianorte tem todo o nosso apoio”, garantiu.
Nem mesmo possíveis retaliações por conta do ingresso na Justiça Comum preocupam o Cianorte e a Federação. “Se formos nos preocuparmos com isso, nunca vamos brigar por nada. É a velha discussão de que o futebol paranaense não luta pelos seus direitos. Esse é um direito legítimo nosso”, declarou Hélio Cury.