Cianorte adere ao clube

As conversas sobre o Cianorte não estão só nos botequins. O time que se prepara para colocar Cianorte no mapa da primeira divisão do campeonato paranaense após 22 anos, virou o “xodó” da cidade. A mobilização inclui comerciantes, industriais e a prefeitura – além de torcedores, é claro.

O estádio Albino Turbay é a primeira prova do mutirão: quarenta empresas querem ver seu nome numa placa de propaganda. Propriedade da prefeitura, o local que hoje abriga três mil torcedores terá, em janeiro, uma arquibancada metálica que vai ampliá-lo para sete mil lugares.

Em 2004, o Cianorte será um tanto diferente de 2003. A mudança mais vistosa está na camisa: sai o verde e branco, cores herdadas do extinto Café, entra o vermelho, azul e branco. “O Cianorte é um outro time. Por isso, teria que ter outras cores”, frisa o vice-presidente Luís Carlos Bersani.

O clube não gastou pelo novo uniforme. Como a base da economia da cidade é a indústria do vestuário, houve até concorrência para vestir o time. Mas os maiores parceiros são de outras áreas. A distribuidora de combustíveis CiaPetro e a marca de frangos Guibon terão suas marcas na camisa por R$ 6 mil mensais. Outras empresas terão seus nomes em placas de publicidade, pagando entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês.

Em campo

As mudanças no Cianorte não se restringem às cores, ao uniforme e ao estádio. Entre os jogadores da temporada passada só permanecem o volante Marcelo Lopes e o meia Barbieri, autor do gol que garantiu a vaga na Primeirona, aos 48 minutos do segundo tempo da partida contra o Dois Vizinhos. Entre novembro e dezembro, foram contratados 18 reforços.

Barbieri enche os olhos do novo treinador, Caio Júnior, e de seu auxiliar Serginho Prestes. “Pode se encaixar em qualquer time grande”, afirma Serginho. Outro que rende elogios é o zagueiro João Henrique, que disputou a Segundona pelo Marechal. “Esse não fica muito tempo aqui”, acredita o dirigente Luís Carlos Bersani.

Caio, ex-técnico e atacante do Paraná, substitui Agenor Piccinin. Seu assistente, Serginho, treinou os juniores do Coritiba e, como meia, atuou nos três da capital.

O elenco que a dupla Caio-Serginho está pondo no Cianorte tem seis ex-juniores revelados em Curitiba. O goleiro Kiko, o lateral-direito Ezequiel e o volante Cuca têm raízes no Coxa. Já o zagueiro Édson, o volante Isaías e o atacante Edivaldo iniciaram carreira no Paraná.

Outro bloco de jogadores veio do Amazonas. O goleiro Tiago e o lateral-esquerdo Rodrigo estavam no Nacional, enquanto que o meia Reginaldo e o atacante Fernando foram trazidos do São Raimundo. “Eles têm a experiência da série B do brasileiro”, avalia Serginho Prestes sobre Reginaldo e Fernando.

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