China quer ir melhor em Pequim do que em Atenas

“Temos um objetivo. Em Atenas conseguimos vencer 32 medalhas de ouro e em Pequim esperamos fazer melhor”, declarou nesta terça-feira (22) em uma coletiva de imprensa o porta-voz do Ministério dos Esportes, Zhang Haifeng.

Segunda no número de medalhas de ouro, depois dos Estados Unidos, a China ficou no entanto com a terceira colocação geral nos Jogos de 2004, atrás da Rússia.

A equipe chinesa, que com cerca de 600 atletas está entre as mais numerosas dos Jogos, não tem boas perspectivas em esportes centrais como natação e atletismo, no qual o único campeão chinês, Liu Xiang, deverá enfrentar o jovem fenômeno cubano Dayron Robles.

“Será muito difícil alcançar este objetivo pois temos rivais muito difíceis, mas nossos atletas irão seguir a máxima olímpica, ‘mais rápido, mais alto, mais forte’, e darão tudo de si para alcançar o melhor resultado possível”, disse Haifeng.

Foi confirmada, por sua vez, a força dos mergulhadores chineses, que em Atenas conquistaram seis medalhas de ouro e que esperam se sair melhor ainda jogando em casa.

No decorrer da mesma coletiva de imprensa, o vice-diretor da Administração Geral de Esportes da China, Feng Jianzhong, acrescentou que a moral dos atletas chineses está “alta”.

Jianzhong afirmou que a preparação começou “rapidamente” e que grandes atenções foram dadas “a todos os detalhes”. Quanto à caça às medalhas, “quanto mais vencermos, mais ficaremos contentes”, disse o vice-diretor.

A preparação dos atletas chineses ocorreu no mais completo segredo – foram poucas as entrevistas coletivas e apenas em lugares longe dos locais de treinamento – e a pressão psicológica sobre os competidores é forte.

Na base da estrutura piramidal do esporte chinês, que ainda segue os moldes da ex-União Soviética e de seus países satélite, estão as escolas ordinárias.

Nelas, os garotos mais destacados são selecionados pelos especialistas e observados constantemente para a primeira seleção, aquela na qual são escolhidos aqueles que poderão freqüentar as escolas esportivas.

Nestes centros, onde os garotos vivem, comem, dormem e completam seu ciclo de estudos, os treinos são longos e diários.

Por fim, os melhores são destinados às federações dos diferentes esportes, tornando-se profissionais.

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