Os chineses comemoraram a decisão da Fifa, divulgada nesta semana, de ampliar o número de seleções na Copa do Mundo a partir de 2026. O total de times passa de 32 para 48 e, com isso, eles acreditam que terão mais chances de conquistar uma vaga no Mundial. A China é uma potência olímpica, mas, quando se trata do futebol, está só engatinhando. Até hoje, o país só disputou a Copa de 2002 e ocupa o distante 83.º lugar no ranking da Fifa.
O cenário para a Copa do Mundo de 2018 não é muito favorável. Nas Eliminatórias Asiáticas, os chineses estão em último lugar no Grupo 1, formado também por Irã, Coreia do Sul, Usbequistão, Síria e Catar. Até agora, foram dois empates e três derrotas em cinco partidas. No segundo turno, vão precisar de um milagre – tirar uma diferença de oito pontos para a Coreia do Sul – para alcançar uma das duas vagas diretas para o Mundial da Rússia.
A China não quer apenas jogar uma Copa, mas também quer fazer o seu próprio Mundial. Por isso, estuda se candidatar para 2026 ou 2030. O problema é que já tem gente na fila. Como o torneio de 2022 será disputado no Catar, a China não poderia ser a sede de 2026 pela regra de revezamento dos continentes criada pela Fifa – os dois países se localizam na Ásia.
Se o foco for 2030, os chineses vão enfrentar outro obstáculo: a Copa está “prometida” para a candidatura conjunta de Uruguai e Argentina para celebrar o centenário do torneio. O presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, se comprometeu com os uruguaios a fazer um Mundial no local da primeira edição depois de 100 anos de disputa.
No entanto, as favas não estão totalmente contadas. A favor dos chineses está a enorme infraestrutura do gigante asiático. A China é um dos poucos países no mundo com capacidade de, sozinho, sediar 80 jogos em apenas um mês de acordo com o novo formato do Mundial.
Dinheiro não falta. Basta olhar a lista de estrelas mundiais contratadas recentemente, como Carlitos Tevez e Oscar. Além disso, os chineses são parceiros comerciais da “nova Fifa” e patrocinaram o último Mundial de Clubes.
Obviamente, a determinação para o desenvolvimento do futebol na China veio de cima. O presidente Xi Jinping é um entusiasta do esporte.