Um dos maiores jogadores da história do Chelsea, o zagueiro John Terry deixará o clube ao fim da temporada. O time londrino anunciou que chegou a um acordo com o atleta para que o fim do casamento acontecesse em julho, uma vez que o veterano de 36 anos praticamente não tem sido utilizado pelo técnico Antonio Conte.
“O clube e eu sempre tivemos uma relação fantástica, algo que continuará após o fim da minha carreira. Nós tivemos algumas conversas realmente positivas, mas com tudo sendo levado em consideração cuidadosamente, eu decidi que é a hora certa para eu sair”, declarou o zagueiro em comunicado divulgado pelo clube.
Com isso, Terry deixará o Chelsea após mais de 22 anos de parceria. O jogador chegou ao clube ainda adolescente, para atuar nas divisões de base, e se tornou um de seus maiores símbolos ao sobreviver à milionária “era Roman Abramovich”, uma vez que se firmou na equipe mesmo em meio aos reforços trazidos pelo empresário russo.
Terry subiu para os profissionais do Chelsea em 1998, ano em que fez sua estreia. Com exceção de uma breve saída em 2000, para atuar por empréstimo pelo Nottingham Forest, viveu toda sua carreira no clube londrino. Mas agora, sem espaço, sentiu que era o momento de buscar outra equipe para ter as últimas oportunidades como profissional.
“Eu sempre fui consciente de que tinha que sair na hora certa, da forma certa, e eu sinto que o fim desta temporada é a hora certa para o clube. Eu sinto que ainda tenho muito a oferecer no campo, mas entendo que as oportunidades no Chelsea serão limitadas para mim. Estou sedento para jogar e vou procurar um novo desafio”, afirmou.
Ao longo destas duas décadas, Terry se tornou o terceiro jogador com mais partidas pelo Chelsea, com 713, e aquele que mais vezes usou a braçadeira de capitão, com 578. Ele conquistou pelo clube uma Liga dos Campeões, uma Liga Europa, quatro Campeonatos Ingleses, entre outros títulos, e sua grande fase nos anos 2000 lhe rendeu 78 convocações para a seleção inglesa.
“Ele sempre foi um jogador extraordinário, um capitão inspirador e que demonstrou um comprometimento excepcional com a causa. Neste período, o Chelsea se tornou um dos maiores clubes do mundo e é preciso que a contribuição do John seja reconhecida. Ele sempre terá a maior consideração de todos em Stamford Bridge e estamos ansiosos para tê-lo de volta no futuro”, disse a diretora do Chelsea, Marina Granovskaia.
A despedida de Terry do Chelsea quase aconteceu no fim da temporada passada, quando o jogador chegou a dizer que deixaria o clube mas aceitou a proposta de renovação contratual por mais um ano. Sob o comando de Conte no Inglês, no entanto, ele mesmo admitiu que seu papel está reduzido em meio ao sucesso da equipe sem sua participação.