Foto: Ciciro Back

Marcão dá o recado: ?erramos uma, duas vezes. Agora chega, não podemos errar pela terceira vez?.

continua após a publicidade

Duas classificações dramáticas, conquistadas na base da raça e com a força da torcida. Resultados que deixaram os jogadores do Atlético com o moral em alta e embalados para buscar o título da Copa do Brasil. Mas será que o Furacão tem bala na agulha para chegar lá?

O time tem suas limitações, como mostram os confrontos contra Vitória-BA e Atlético-GO. Contra os baianos, o Rubro-Negro precisou reverter uma goleada de 4 a 1 para seguir em frente. Diante dos goianos, a história foi quase a mesma, com o time se recuperando de uma derrota por 3 a 1.

Mas o Atlético mostrou que tem poder de recuperação.

E conta com um fator que pode ser decisivo na busca do título. Na Baixada, com a torcida jogando junto, o Furacão se torna um adversário infernal para qualquer equipe. ?Jogando diante da nossa torcida, é muito difícil sermos batidos?, diz o lateral Jancarlos.

continua após a publicidade

Porém, é essencial não abusar. O estádio lotado é um diferencial importante, mas não é imbatível. ?A Arena faz a diferença, mas nós precisamos entrar em campos mais tranqüilos, não precisamos sair atrás do resultado sempre. Se nós jogarmos com o mesmo espírito fora de casa, aqui dentro vai ficar mais fácil?, avalia o zagueiro Marcão.

A melhor hora para começar a colocar o discurso em prática é agora. O próximo desafio é contra o Fluminense, primeiro rival da primeira divisão nacional que o Furacão encara no torneio. E mais uma vez a decisão será dentro da Baixada.

continua após a publicidade

Ontem, a CBF definiu as datas e os locais do confronto. Na próxima quarta-feira (dia 2), o Atlético enfrenta o tricolor no Maracanã, às 21h45. A volta é uma semana depois (dia 9), no Joaquim Américo, no mesmo horário.

Esquecendo a influência extracampo, os números mostram bem onde o Furacão pode levar vantagem.

O arrasador ataque rubro-negro, que já marcou 74 vezes em 30 jogos no ano, vai encarar a frágil defesa tricolor, que sofreu 25 gols em 17 partidas.

Mas para o técnico Vadão, isso não quer dizer nada. ?Iremos encontrar um adversário totalmente diferente dos últimos jogos. O Renato Gaúcho (treinador recém-contratado) chegou e já colocará a sua filosofia de trabalho. Então, não adianta lembrar daquele Fluminense que vinha de resultados negativos e jogava com a pressão da torcida. Agora é vida nova?, alerta o treinador.

Para não ter que correr atrás do resultado novamente, a idéia é conquistar um bom resultado já no primeiro jogo, no Rio de Janeiro. ?Temos que levar esse espírito da Baixada para fora de casa. Erramos a primeira, a segunda e não podemos errar a terceira. Chega!?, sentencia Marcão. ?Não estávamos fazendo boas partidas, mas o importante foi que ganhamos e nos classificamos. Agora vamos buscar o título da Copa do Brasil?, promete o lateral Nei.

Diretoria mantém promoção de ingressos pela metade

A torcida rubro-negra já se prepara para mais uma grande festa na Baixada.

No próximo dia 9 de maio (quarta-feira), quando o Furacão recebe o Fluminense pela Copa do Brasil, a galera quer fazer o Caldeirão ferver novamente, desta vez para levar o clube às semifinais.

A diretoria finalmente entendeu a importância de jogar com a Arena lotada pelo povão e vai manter a promoção de ingressos. Nas retas, o preço é de R$ 20.

No setor gols, R$ 15.

E para deixar o espetáculo completo, torcedores já estão planejando uma nova edição do mosaico. Para elaborar mais uma imensa imagem formada por painéis no setor Buenos Aires superior, a comissão organizadora está pedindo a ajuda de todos os atleticanos.

?É um desafio grande. Precisamos arrecadar o dinheiro, comprar o material e preparar todos os painéis?, diz Thiago Henk, presidente da comissão de mosaicos. O preço da festa fica em torno de R$ 800.

Para ajudar, deve-se fazer uma doação através da conta poupança 60023-8/500, agência 4011 do Banco Itaú, em nome de Luiz Francisco de Souza, CPF 026.061.179-48. Quem doar a partir de R$ 25 ganha uma carteirinha de colaborador.