A chegada do técnico Claudinei Oliveira não deve mudar drasticamente a forma de o Atlético jogar. Se com o antigo treinador Doriva, o Furacão era escalado no 4-3-3, com dois atacantes de velocidade (Marcelo e Douglas Coutinho), além de um centroavante, esta filosofia tem tudo para ser repetida.
No Paraná, Claudinei adotava o 4-2-3-1. Na teoria, o que mudaria no Rubro-Negro é que o time teria dois velocistas na criação das jogadas (no caso do Tricolor, função exercida por Henrique e Tiago Alves). Porém, como o Atlético não tem jogadores com estas características, a tendência é que Marcelo e Coutinho sejam os atletas escolhidos para atuar pelos lados do campo, com Marcos Guilherme responsável pela armação pelo meio. Atrás deles, dois volantes fechando os espaços da defesa.
Com isto, aproveitando as qualidades dos seus rápidos atacantes, Claudinei pode reforçar a defesa rubro-negra segurando os laterais, sem a necessidade deles subirem tanto ao ataque. Desta forma, o time poderia ter até seis jogadores na defesa sem a posse de bola, mas pelo menos cinco atletas para pressionar o adversário no ataque.
O grande desafio do novo comandante atleticano vai ser impor sua forma de jogar sem ter opções para isto. No Tricolor, Henrique e Tiago Alves não atacavam juntos. No caso, normalmente o primeiro fechava os espaços no meio, com o segundo tendo mais liberdade para atacar, como uma espécie de segundo atacante. Tanto, que nos últimos jogos passou a deixar a sua marca constantemente. Já no Furacão, nem Marcelo nem Douglas Coutinho são acostumados a jogar pelo meio do campo. Mas, para ambos jogarem juntos, em algum momento pelo menos um deles terá que se segurar para não subir para o ataque.
Uma missão que Claudinei Oliveira até pode concretizar. mas precisará de tempo para isto. Após altos e baixos, o Paraná se acertou e subiu de produção. Resta saber se a paciência atleticana será a mesma caso nos primeiros jogos os resultados não apareçam.
