Muito trabalho

Chapecoense pode disputar 9 campeonatos e 93 partidas em 2017

Agora presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo terá dificuldades para reerguer clube e montar elenco para 2017. Foto: Marcelo D. Sants/Estadão Conteúdo

Com o título da Copa Sul-Americana confirmada, a Chapecoense terá pela frente um 2017 difícil, não só fora, como dentro de campo. Tendo que se reerguer do trágico acidente aéreo da semana passada, que matou 71 pessoas, entre elas jogadores, comissão técnica e diretoria, o clube vem contando com o apoio de outros times, como Atlético e Coritiba.

“Estive em Chapecó e coloquei o Atlético à disposição. Não era momento de aprofundar o assunto. Mas, a partir desta semana, a gente vai definir de que maneira prestaremos ajuda”, garante o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed. “A ajuda não pode ficar na intenção. São necessárias medidas práticas. Tudo que estiver ao nosso alcance, vamos fazer. Pode ter certeza de que o Atlético vai auxiliar”, complementa.

O Coxa assegura que está de portas abertas para os catarinenses. O?clube primeiro definirá o próprio planejamento para 2017, para em seguida definir de que maneiras poderá auxiliar. No entanto, por políticas internas, descarta repassar uma lista de nomes à disposição da Chapecoense. As conversas por empréstimos serão pontuais.

Porém, nos gramados o time catarinense também terá que correr bastante. Serão, no total, oito torneios que a equipe irá disputar: Primeira Liga, Estadual, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão, Recopa Sul-Americana, Copa Suruga (duelo entre o campeão da Sul-Americana e da Copa da Liga Japonesa) e Copa Euroamericana (campeão da Sul-Americana e da Liga Europa).

A equipe fará, no mínimo, 72 partidas na temporada. Caso avance para as finais dos torneios, pode alcançar a elevadíssima marca de 93 jogos em um ano, contando com um eventual Mundial de Clubes. Para se ter ideia, o campeão brasileiro Palmeiras fechará 2016 com 67 partidas. Em 2017, os paulistas farão um máximo de 80 jogos.

A Chapecoense teve 44 vítimas fatais na queda do avião que transportava o clube para Medellín, na Colômbia, na semana passada: 19 jogadores, 17 membros da comissão técnica e oito dirigentes – dentre eles o presidente Sandro Pallaoro, líder do planejamento exemplar que vinha sendo conduzido no clube. Foi a maior tragédia da história do futebol mundial.

Do elenco deste ano, restaram somente 11 atletas com vínculo no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): os goleiros Nivaldo e Marcelo Boeck; os zagueiros Demerson e Rafael Lima; o lateral Cláudio Winck; os meias Moisés, Hyoran, Lucas Mineiro, Neném e Martinuccio e o atacante Lourency.

Destes, entretanto, Nivaldo já anunciou a aposentadoria dos campos, enquanto Hyoran foi negociado com o Palmeiras. Já os contratos de Boeck, Demerson, Rafael Lima, Winck, Moisés, Neném, Martinuccio e Lourency terminam neste mês. Além destes, restariam ainda os garotos da base.

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