Chapa de oposição promete um novo Paraná Clube

O empresário Aquilino Romani virou nome de consenso no Paraná Clube. Nas próximas semanas, José Carlos de Miranda e José Alves Machado definirão se mantém suas candidaturas ou se também apoiam o candidato da chapa Revolução Tricolor, que une integrantes do atual conselho diretor e ex-cardeais, liderados por Aramis Tissot.

A união das principais forças políticas do Tricolor – como a Tribuna antecipou – foi oficializada ontem, através de nota, publicada no site oficial do clube. Aquilino Romani (presidente), Aramis Tissot (1.º vice) e Waldomiro Gayer Neto (2.º vice) irão apresentar na próxima semana o projeto de gestão para o biênio 2010-2011. A composição só foi possível porque Romani recuou de sua posição inicial.

“Não estava no meu projeto profissional e de vida concorrer à presidência nesta eleição. Mas, diante dos apelos e da união de forças, tomei a decisão que entendo ser a melhor para o clube”, disse Romani, atual 2.º vice e há seis anos integrante do conselho diretor paranista.

Catarinense de Concórdia, Aquilino Romani, 53 anos, está em Curitiba desde 1980. Empresário do ramo de agronegócios, ingressou no Paraná, como conselheiro, na gestão de Enio Ribeiro.

Pouco depois, convidado por José Carlos de Miranda, assumiu a vice-presidência de esportes de quadra. Permaneceu no cargo por duas gestões, até chegar à condição de 2.º vice-eleito, no último pleito.

“Vejo essa união de forças como a redenção do Paraná. Será muito importante que todas as alas estejam ao nosso lado”, admitiu Aquilino, que deverá ter encontros com Miranda e Machado nos próximos dias.

“Se houver bate-chapa, vamos à luta. Mas, creio que o momento é de união”, comentou Romani. O candidato acredita que esta composição atende às principais necessidades do clube, tanto no social quanto no futebol.

“Nos últimos anos, estive muito próximo do social. O Aramis chega com ideias novas para o futebol e o nosso marketing irá garantir o aporte financeiro necessário para que o Paraná consiga um salto de qualidade”, disse Aquilino. Esse aporte viria através de Renato Trombini, o responsável pelo “novo” departamento de marketing.

Nesse processo, o atual presidente Aurival Correia passará a comandar o setor financeiro/administrativo. Visto como o responsável por sanear as finanças do clube nos últimos anos, apesar da vertiginosa queda de recursos (com o rebaixamento para a Série B, a verba de tevê tornou-se insignificante).

Na área social, um dos projetos mais ambiciosos envolve a construção de um estacionamento amplo na sede da Kennedy. “Apenas para começar, pois há muito a ser feito”, disse Romani, que no entanto garante que todas as decisões do futebol passarão também pela presidência.

“O Aramis irá gerir esta área. Mas, vou estar sempre presente, pois decisões mais amplas não devem ser centralizadas”, explicou Aquilino. “Não conhecia o Tissot, mas por tudo aquilo que conversamos nas últimas semanas, vejo que estamos bem afinados nas ideias”.

Para o candidato à presidência, o primeiro grande passo é fazer com que profissional e categorias de base trabalhem em uníssono. “Estas duas áreas devem ser vistas como uma engrenagem só. Por tudo o que foi investido, espero que dentro de dois anos, 50% do nosso elenco principal venha da base”, arrematou Aquilino Romani.

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