As eleições para definir quem comandará o Atlético no próximo triênio (2015 -2017) estão marcadas somente para o final deste ano, mas nos bastidores um grupo de ex-dirigentes já se organizam e planejam a instituição de uma chapa de oposição para comandar o Rubro-Negro nos próximos três anos. A chapa, inclusive, já tem o nome definido: Democracia, liberdade e transparência. Estes serão os princípios da chapa opositora que tentará desbancar o atual mandatário do Furacão, Mário Celso Petraglia, do poder do Atlético.
Um dos líderes desta chapa, que pediu à reportagem da Tribuna para não ser identificado ainda, afirmou que reuniões já estão acontecendo pelo menos duas vezes por semana para traçar o planejamento de campanha que será adotada pelos opositores. Segundo ele, o futebol será tratado de forma especial em caso de vitórias nas eleições, a partir do ano que vem.
“Estamos conversando muito e uma coisa é certa: seremos oposição e vamos ganhar a eleição. O nome da chapa está definido e levará os princípios da nossa proposta que são democracia, liberdade e transparência, que é o que os torcedores querem. O associado quer time de futebol e teremos uma atenção especial nesta área. Daremos mais liberdade à imprensa, pois precisamos dela no nosso dia a dia”, frisou o futuro candidato a presidência do Atlético.
Ex-vice-presidente do Atlético na chapa CAP Gigante, liderada por Petraglia, o advogado José Cid Campêlo Filho, que denunciou um possível esquema de favorecimento de parentes do atual presidente rubro-negro nos contratos da reforma da Arena e abriu mão do seu cargo, não descarta apoiar a chapa de oposição nas eleições do clube.
“É muito cedo ainda. Claro que não podemos deixas as coisas como estão. Estão acabando com o Atlético. Participei de uma reunião, mas não estou competindo em nada. Vou apoiar essa chapa de oposição dependendo de quem seja o candidato, se não ficarei neutro. Essa nova diretoria terá uma missão difícil, de pagar as contas que estão deixando. Sanear as contas será o principal objetivo da nossa administração, mas as pessoas terão que ser responsabilizadas pelos prejuízos causados ao Atlético”, disse o ex-dirigente.
Essa possível dívida que será deixada é decorrente da reforma e ampliação da Arena, já que os principais bens e recebíveis futuros do clube já estão comprometidos.
