Chance para 152 medalhas no Pan

A aposta na melhor atuação do País na história do evento, entretanto, representaria o ganho de somente uma posição no quadro de medalhas se comparado aos Jogos de Santo Domingo, em 2003, segundo projetaram técnicos, ex-atletas e dirigentes.

Maior delegação do Pan, com previsão de 699 atletas, os brasileiros ficariam, com esse resultado, atrás de Estados Unidos e Cuba na lista de medalhas de 2003, deixando para trás apenas o Canadá. A posição no quadro de medalhas é determinada inicialmente pelo número de ouros.

Em Santo Domingo, os EUA ficaram em primeirono geral com 270 medalhas (117 ouros), seguidos dos cubanos com 152 (72 ouros), e dos canadenses, com 128 (29 ouros). O Brasil conquistou os mesmos 29 ouros do Canadá, mas no total teve 123 medalhas.

Os recordistas de medalhas do Brasil seriam novamente natação (22), atletismo (17) e ginástica (14). O vôlei, na quadra e na praia, teria o melhor aproveitamento, com quatro ouros em quatro possíveis.

?(O Brasil) deve mesmo superar a campanha de Santo Domingo. Subir uma posição seria pouco contra um Estados Unidos que, como tudo indica, virá com times de segundo nível na maioria das modalidades, e Cuba, que já não é mais a mesma?, avaliou a jornalista Heleni Felippe, que já cobriu três Pan e três Olimpíadas.

?Em algumas modalidades, a preparação certamente ficou longe da ideal. Outras, ainda são atrapalhadas por problemas e dirigentes?, acrescentou Heleni Felippe.

A natação aposta nos recorditas sul-americanos Thiago Pereira e César Cielo para superar as 21 medalhas conquistadas em 2003, quando três foram de ouro.

Classificado para nadar sete provas no Parque Aquático Maria Lenk, Thiago será decisivo para a equipe alcançar a meta de melhorar Santo Domingo.

Diante de sua torcida e com representantes em todas as competições, o Brasil tem a expectativa de conquistar um recorde de 152 medalhas, sendo ao menos 42 de ouro, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho, de acordo com previsão das confederações e especialistas.

Entre os esportes coletivos, que devem atrair maior público durante o Pan, a previsão é que o vôlei reine absoluto com quatro medalhas de ouro: duas na quadra do Maracanãzinho e duas nas areias da praia de Copacabana.

Atual campeã olímpica e mundial, mas bronze no Pan de 2003, a equipe masculina do técnico Bernardinho tem o Pan como prioridade do ano e estará focada em evitar surpresas de Venezuela e EUA. No feminino, a conquista seria ainda mais tranqüila devido à má fase atravessada pela rival Cuba.

?Aposto em quatro ouros?, disse o ex-jogador Tande, campeão olímpico em Barcelona, em 1992, e que também jogou na praia. ?Acho que o mais fácil será o feminino na quadra, e o mais difícil pode ser o feminino na praia, dependendo da dupla que vier dos Estados Unidos. Se for Walsh e May (campeãs olímpicas), aí vai ser jogo duro.?

Maior ganhador de medalhas de ouro para o Brasil na República Dominicana, tendo subido cinco vezes no lugar mais alto do pódio, o judô considera possível que todos os catorze atletas voltem com um prêmio no peito. A análise mais realista aposta em onze medalhas, pelo menos cinco de ouro.

?De acordo com dados estatísticos, nossa equipe tem potencial para que possamos chegar a catorze medalhas em catorze categorias, sendo mais de cinco de ouro?, disse o coordenador da seleção brasileira, Ney Wilson, que também comandou a equipe nos Jogos Olímpicos da Grécia.

No caso do atletismo, as provas de salto e corridas de fundo e meio-fundo são as apostas para bater as dezesseis medalhas de 2003. Marílson Gomes do Santos, nos cinco mil e dez mil metros, as maratonas masculina e feminina, e os saltadores Maurren Maggi, Jadel Gregório e Fabiana Murer são os nomes em alta.

Entretanto, a definição dos atletas que formarão a equipe será somente em junho, no Troféu Brasil, e apenas os maratonistas já foram confirmados.

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