A contagem regressiva para o início dos Jogos do Rio ganhou um marco nesta quinta-feira com a realização da tradicional cerimônia oficial de acendimento da chama olímpica na histórica cidade grega de Olímpia, que foi o berço dos Jogos da Antiguidade e fica a aproximadamente 300 quilômetros de Atenas.

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A cerimônia marcou o começo de uma viagem de 15 de semanas do sul da Grécia até o estádio do Maracanã, que será o palco da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, marcada para 5 de agosto – o evento se encerrará no dia 21.

Membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador da Olimpíada acompanharam a cerimônia na Antiga Olímpia, onde se celebrou o evento esportivo mais destacado da antiguidade durante cerca de mil anos.

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Os organizadores da Olimpíada e o COI expressaram sua confiança de que o Brasil poderá superar os atuais problemas políticos para realizar uma edição da Olimpíada, a primeira na América do Sul, com êxito. “Esses Jogos serão uma mensagem de esperança em momentos difíceis”, declarou o presidente do COI, Thomas Bach.

A chama foi acesa por uma atriz – Katerina Lehou – no papel de sacerdotisa, numa cerimônia em que os atores utilizavam os trajes típicos do período dos Jogos da Antiguidade e em que foram hasteadas as bandeiras do Brasil, da Grécia e da Olimpíada. Além disso, várias autoridades discursaram.

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O primeiro atleta a carregá-la foi o grego Eleftherios Petrounias, campeão mundial de ginástica artística nas argolas e um dos principais rivais de Arthur Zanetti, que recebeu a chama de Lehou. Posteriormente, ela foi repassada ao ex-joogador de vôlei Giovane Gávio, campeão olímpico em 1992 e 2004, que acabou sendo o primeiro brasileiro a portá-la.

Agora o revezamento da tocha olímpica visitará a Grécia durante seis dias, antes de ser entregue às autoridades brasileiras em Atenas em 27 de abril. Depois de uma breve parada na Suíça, onde passará pela sede da Organização das Nações Unidas e pelo Museu Olímpico,a chama começará a sua viagem pelo Brasil em 3 de maio.

Durante a cerimônia de acendimento, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Organizador da Olimpíada, Carlos Arthur Nuzman, prometeu que o evento unirá o País e vai “fazer história”. O Brasil já navegou “algumas das águas mais difíceis que já viu o movimento olímpico”, disse Nuzman.

O País está envolvido em uma grave crise política e em uma profunda recessão econômica. Nuzman destacou que os primeiros Jogos realizados na América do Sul transmitem uma mensagem que “pode e conseguirá unir” o Brasil.