Foram 37 anos de espera. O Londrina, depois de muito tempo, voltou a conquistar um título nacional. Na noite desta quarta-feira (4), no Estádio do Café, com uma dose extra de emoção, depois de empatar sem gols no tempo normal, o Tubarão venceu o Atlético-MG nos pênaltis por 4×2 e garantiu o título inédito da Primeira Liga, e de forma invicta. A equipe do técnico Claudio Tencati, que vem crescendo ano a ano, ainda vai buscar, em 2017, apesar de ser uma missão difícil, o acesso à elite do futebol nacional na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro.
Mesmo atuando com três volantes e bem resguardado na defesa, o Londrina conseguiu fazer um bom primeiro tempo contra o Atlético-MG. Depois do susto inicial na boa chance criada por Alex Silva, logo nos primeiros minutos, o Tubarão conseguiu equilibrar a partida e foi o dono das principais ações ofensivas. O time de Cláudio Tencati poderia ter sua missão facilitada aos 13 minutos, mas o árbitro Braulio da Silva Machado deixou de marcou o pênalti de Felipe Santana em Ayrton.
Bem postado em campo e com seu meio de campo trabalhando bem, o LEC, quando viu que o bicho não era tão feio quanto parecia, passou a criar boas chances de marcar. Aos 18, Rômulo arriscou de fora da área e assustou Victor. Na sequência, Artur passou por dois marcadores, chutou da entrada da área e por pouco não marcou.
O Londrina, com mais volume de jogo, provou que a sua fome de título não estava só no discurso. Negueba, de fora da área, acertou um belo chute e Victor fez grande defesa. Mais experiente, o Atlético-MG, aos poucos, acertou sua marcação e passou a impedir as investidas do time londrinense. Na reta final da etapa inicial, o Galo cresceu, criou duas boas chances com Valdívia, mas não foi suficiente para abrir o placar.
O Atlético-MG veio para o segundo tempo mais ofensivo. Mas, mesmo com mais posse de bola, o Galo parava na boa marcação do Tubarão. O jogo, então, ficou aberto. O Alviceleste, sempre perigoso pelos lados do campo, conseguia chegar com perigo ao ataque, mas faltava capricho no último passe.
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O Londrina melhorou depois da entrada do meia Marcinho na vaga de Jardel. O time conseguiu ter mais presença ofensiva, mas seguiu errando demais nas tomadas de decisões. O Tubarão tinha no jovem atacante Artur a sua principal arma para conseguir assustar a meta do goleiro Victor.
O Atlético-MG, que viu, na semifinal da Primeira Liga, o Cruzeiro, seu grande rival, perder nas penalidades para o Tubarão, queria evitar os pênaltis e adotou uma postura mais ofensiva na reta final do jogo. Aos 40 minutos, Marcelo tabelou com Clayton e, da entrada da área, mandou por cima. Foi, a rigor, a última chance da partida e o título foi decidido nas penalidades máximas.
César brilha de novo
Nas cobranças, a experiência do Galo contra o time mais jovem do Londrina. Prevaleceu a força e a eficiência do Tubarão. Enquanto o time londrinense converteu todas as suas cobranças com Jumar, Edson Silva, Ayrton e Dirceu, brilhou mesmo a estrela do goleiro César mais uma vez. Na semifinal, ele havia pego três cobranças contra o Cruzeiro. Desta vez, o camisa 1 defendeu os chutes de Clayton e Rafael Moura e a equipe do técnico Claudio Tencati garantiu o título inédito da Primeira Liga.
FICHA TÉCNICA
PRIMEIRA LIGA
Final
Londrina (4) 0x0 (2) Atlético-MG
Londrina
César; Lucas Ramon, Dirceu, Edson Silva e Ayrton; Rômulo (Marcinho), Jamur e Jardel; Artur, Negueba e Carlos Henrique (Safira).
Técnico: Cláudio Tencati
Atlético-MG
Victor; Alex Silva, Gabriel, Felipe Santana e Fábio Santos; Adilson, Elias, Cazares (Marlone) e Valdívia (Clayton); Robinho e Fred (Rafael Moura).
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: Estádio do Café (Londrina-PR)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Carlos Berckenbrok (SC) e Rafael da Silva Alves (RS)
Cartões amarelos: Ayrton, Negueba, Jardel (LEC); Adilson (CAM)
Público pagante: 15.735
Público total: 17.003
Renda: R$ 383.920,00